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Cultura & Lazer

Artista que já tatuou Rihanna assina desenhos de nova coleção da Hugo Boss

Primeiro nipo-brasileiro a colaborar com a marca, Jun Matsui revela processo criativo; primeira loja do selo HUGO no Brasil será aberta no MorumbiShopping

Por Humberto Abdo
Atualizado em 19 jul 2021, 15h13 - Publicado em 12 fev 2021, 06h00

Foto em preto e branco do tatuador nipo-brasileiro Jun Matsui. — Jun Matsui: desenhos orientais para nova coleção da marca alemã Hugo Boss. (Divulgação/Divulgação)

“Posso tatuar um corpo inteiro com tranquilidade, mas se me pedem o desenho de um simples logotipo, sou capaz de passar mal”, brinca o tatuador Jun Matsui, 48. Primeiro nipo-brasileiro a colaborar com uma coleção da alemã Hugo Boss, Matsui é conhecido pelo estilo tribal de suas tatuagens, que preenchem grandes partes do corpo. Com abertura prevista para março, a primeira loja do selo HUGO no Brasil será inaugurada no MorumbiShopping com as novas peças ilustradas por ele, como camisetas e jaquetas.

“Eu estava no pico de uma fase muito dark, usando muita cocaína”, conta sobre o período criativo para a marca, no fim de 2019. “Em dezembro cumpri o deadline (em cima da hora) e em janeiro fui internado.” Recuperado, vive em São Luiz do Paraitinga, interior paulista, onde tem um estúdio. “Por mês, costumo fazer duas tatuagens. É o que chamo de esquema de retiro: meus clientes me visitam, passam alguns dias na cidade e voltam revigorados.”

Ilustração de Jun Matsui inspirada no boi, do ano-novo chinês. (Jun Matsui/Divulgação)

Ao completar 18 anos, o recifense se mudou para Tóquio, onde logo descobriu o ofício e conquistou seus primeiros clientes — como a cantora Rihanna, que fez com ele sua primeira tatuagem, um símbolo do signo de peixes atrás da orelha. “Quando ela chegou, disse que queria um desenho em todo o pescoço, ideia que a agente proibiu na hora”, diverte-se.

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Apesar de não gostar de citar valores, Matsui revela que uma tatuagem pode custar de 8 000 a 14 000 reais. “Tatuador não precisa de 1 000 clientes, pode se sustentar com uns quarenta a vida inteira, mas um profissional da Galeria do Rock faz mais grana que eu.”