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Por Raul Juste Lores
Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura
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#SPSonha: como poderia ser o Minhocão com um jardim suspenso

O escritório de arquitetura Triptyque apresentou à prefeitura na gestão passada uma proposta para a área mais problemática do elevado

Por Raul Juste Lores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 fev 2020, 13h58 - Publicado em 6 jul 2018, 06h00

O Plano Diretor estabeleceu que o Minhocão deverá ser desativado para o tráfego de veículos, mas ninguém tem a menor ideia da data, nem da viabilidade da regra.

Construída em apenas onze meses e inaugurada em 1970 pelo então prefeito Paulo Maluf, a via expressa de 3,4 quilômetros que passa rente às janelas de dezenas de edifícios residenciais se mostrou um descalabro urbanístico desde o início. Os prefeitos Olavo Setúbal e Luiza Erundina promoveram a interdição noturna do viaduto aos veículos, Gilberto Kassab convocou arquitetos para um concurso de ideias sobre o destino do monstrengo e Fernando Haddad permitiu que fosse exclusivo a pedestres já no sábado à tarde.

Há grupos aguerridos que defendem a criação de um parque ali, aprovado no nome, mas ainda longe de qualquer resquício de verde; e outros que preferem ver a demolição direta. O escritório de arquitetura Triptyque e o paisagista Guil Blanche apresentaram à prefeitura na gestão passada uma proposta para a área mais problemática e esquecida do elevado, aquela sob as pistas, escura, úmida e insegura, ignorada pelos corredores de fim de semana.

Chamado de Marquise Minhocão, o projeto sugere recortes na estrutura, para permitir que a luz natural chegue à rua. Vegetação escalaria os pilares, que seriam numerados, “como se fossem postos das praias no Rio de Janeiro”, sonham os arquitetos. Entre os pilares 9 e 10 nessa Ipanema paulistana, por exemplo, seriam permitidos quiosques, de comércio e serviços, e até de alimentação.

Um disparate? Em Buenos Aires, desde 1992 um polo gastronômico sofisticado funciona instalado sob um viaduto na Avenida Nove de Julho com a Rua Posadas. A chamada Recova de Posadas, com 16 000 metros quadrados, virou ponto turístico, ignorando a poluição do trânsito.

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Elevado verde

(TRIPTYQUE ARQUITETURA/Veja SP)

Em meio à vegetação espalhada, fendas entre as pistas deixariam a luz natural alcançar o asfalto

Praia de paulistano

(TRIPTYQUE ARQUITETURA)

Os pilares do Minhocão seriam numerados, para orientação, como os postos cariocas

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