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Luciana Borghi vive Zélia Gattai em “Na Casa do Rio Vermelho”

A atriz carioca comenta outras cinco escritoras que gostaria de representar no teatro.

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 18 set 2017, 18h58 - Publicado em 18 set 2017, 18h56
Luciana Borghi: a intimidade de Zélia e Jorge Amado no palco (Camila Rios/Divulgação)
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A atriz carioca Luciana Borghi, de 42 anos, protagoniza o monólogo “Na Casa do Rio Vermelho – O Amor de Zélia e Jorge”, que revive a história de Zélia Gattai e estreia no Teatro Décio de Almeida Prado no dia 29. Companheira de Jorge Amado por mais de cinco décadas e também autora dos livros “Anarquistas, Graças a Deus” e “Senhora Dona do Baile”, Zélia vira personagem de sua própria história no momento em que vai se despedir da casa do Rio Vermelho, em Salvador, onde viveu com o marido por 40 anos e recebeu visitas ilustres da cultura e da política mundial.  O espetáculo, escrito e dirigido por Renato Santos, fica em cartaz até 28 de outubro, com ingressos a R$ 20,00, nas sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h.

Provocada pelo blog, Luciana alinhavou alguns projetos para, quem sabe, levar aos palcos no futuro. Quem seriam outras cinco grandes escritoras que ela gostaria de interpretar no teatro.

+ Giselle Cossard Binon, a mãe de santo Omindarewa

“Foi uma referência do candomblé no Rio de Janeiro, no Brasil e também na Europa. Conhecida por Mãe Giselle de Iemanjá, morreu aos 92 anos e era antropóloga e escritora. Rompeu muitas barreiras sociais e culturais e nos deixou uma prova da força da ancestralidade encontrada no Brasil por caminhos mais diversos. Essa personagem eu vou fazer! A peça sobre essa grande mulher está em processo de realização e será nosso próximo espetáculo, junto ao dramaturgo e diretor Renato Santos. Vai ser uma homenagem à Yalorixá que me iniciou.”

+ Janete Clair

“Imagina, que magnífico personagem! Janete era considerada um mito, a maga do horário das oito na televisão, a inventora da telenovela moderna. Não à toa era chamada de usineira de sonhos. Imagino cenas de sua intensa criatividade e produção incessante, em que dizia usar muito sua intuição, já que  não estudou para isso, mas sabia o que o povo queria ver e sentir diante da televisão. Como os diálogos nasciam? Como os personagens habitavam seu dia, sua casa, sua mente? Imagina, ela lidou com tanto sucesso, foi a única na história da televisão a alcançar os cem pontos…”

+ Safo de Lesbos

“Acima de tudo, por seu pioneirismo de ser conhecida como a primeira mulher homossexual. Que fascinante, uma mulher que, em tempos tão distantes e enigmáticos, antes de Cristo, exerce liderança intelectual e artística, escreve, declama e cultua os deuses. O grande mistério gira em torno de sua obra. Só tivemos acesso a poucas coisas suas, bem como os rumores sobre sua morte. Logo, encontramos características de grande dramaticidade.”

+ Hilda Hilst

“A irreverência, a quebra de padrões e caminhos artísticos marcaram sua obra e sua personalidade. É o famoso ‘chutar o pau da barraca’ e negar o mercado diante da força de construção literária e de identidade. O que me cativa na vida de Hilda é o embate com questões divinas, o que traz um revirar filosófico e peculiaridade na relação com o mistério, um fértil subtexto para uma atriz. É a busca por contatos com outras dimensões de si e do mundo.”

+ Lou Andreas Salomé

“A escritora e psicanalista alemã me cativa muito por ser uma mulher que encantou intensamente homens notáveis como Freud, Nietzsche, Paul Rée e Rainer Maria Rilke. Uma das poucas mulheres aceitas no círculo psicanalítico de Viena, um ícone para a mulher livre do século XX. Seus pensamentos em ‘A  Humanidade da Mulher’ revelam como se tornou o amor de Rilke e de Nietzsche, justo ele que achava o amor uma fraqueza do homem. Adoraria investigar, cenicamente, os segredos, a filosofia, a sedução, os pensamentos e o olhar desta mulher tão fascinante.”

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