Na Plateia
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“A Vida Útil de Todas as Coisas”: Kiko Rieser trata da sociedade mecânica
O dramaturgo e diretor flerta com uma distopia que não parece longe da atualidade em peça que faz sessões gratuitas na Oficina Cultural Oswald de Andrade
No drama A Vida Útil de Todas as Coisas, o autor e diretor Kiko Rieser flerta com uma distopia que não parece longe da atualidade. Um homem (interpretado por Eduardo Semerjian) percebe que a memória do seu pai (papel de João Bourbonnais) apresenta constantes falhas. Ele procura uma assistência técnica e descobre que o cérebro de um senhor idoso não tem conserto. A empresa, então, oferece um pacote de órgãos biônicos capaz de reverter a situação.
Com sensibilidade e um faro oportuno, Rieser trabalha com a mecanização da sociedade e a indiferença das pessoas sobre as concessões do cotidiano. A trama cativante, principalmente na primeira parte, tem como trunfo o bom elenco, completado por Louise Helène e Luciana Ramanzini, e a destacada atuação de Eduardo Semerjian (95min). 12 anos. Estreou em 23/5/2019.
+ Oficina Cultural Oswald de Andrade. Rua Três Rios, 363, Bom Retiro. Quinta e sexta, 20h; sábado, 18h. Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes. Até o dia 15. Entre 21 de junho e 21 de julho, a peça faz temporada no Teatro do Núcleo Experimental.
