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Do sertanejo para o gospel: revolução de Kauan, da dupla com Matheus

Cantor convida nomes como Eli Soares, Ton Cafi e Baruk para live gospel

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 ago 2020, 12h40 - Publicado em 21 ago 2020, 12h39

Kauan sem Matheus e cantando música gospel. Esta é uma das surpresas que a quarentena reservou para os fãs. “É ousado mesmo”, diz o cantor. A live será transmitida no dia 27 de agosto, a partir das 20h, no canal Kauan Convida, criado para o projeto. “Eu sempre quis fazer um projeto gospel, mas não sabia que seria neste formato”, diz.

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Evangélico, o músico conta que começou a cantar ainda na Igreja com os pais e só depois de mais velho se enveredou pela música secular, no caso, o sertanejo. “Acho importante conhecer outros gêneros e sempre gostei do gospel”, explica. O projeto, que tem a produção do próprio, terá a cenografia assinada por Zeca Carratu, que fez também a turnê Nossa História, de Sandy & Junior, a participação de banda e de uma pequena orquestra sob a batuta de Adriano Machado, da Orquestra Sinfônica Villa Lobos. Ele também convida Eli Soares, Ton Cafi, Baruk, Mauro, Clóvis Pinheiro, e contará com a apresentação de Jonathan Nemer.

Da sua casa em Alphaville, onde passa a quarentena, Kauan contou sobre a empreitada:

O que motivou fazer esta live?
Eu sempre quis fazer um projeto como esse, que reunisse nomes da música gospel que eu gosto. Só não sabia que ia ser nesse formato. Em um dos dias da quarentena, acordei com a ideia, fui atrás dos caras, que toparam. É um sonho para mim vê-los juntos. E acho ainda mais importante levar a palavra de Deus para as pessoas neste momento de dor, de tristeza.

Kauan sem Matheus?
Eu nunca fiz nada assim. Mas acho bacana a gente ter interesses individuais. Eu assisti ao documentário de Sandy & Junior e eu acho que existe a necessidade de fazer coisas diferentes. Não precisamos ficar presos. É lógico que nunca pensamos em parar porque o nosso projeto é enorme e existe muito respeito um pelo outro. Amo Matheus como meu irmão e se ele quisesse fazer um projeto dele, como uma live de pagode, eu ia ficar feliz, assistir e achar um espetáculo.

O público vai estranhar? Além de estar sozinho, é outro gênero.
É ousado mesmo. Eu não sei como vai ser a reação das pessoas. É legal para elas conhecerem esse outro lado, até para não ficar monótono. Na verdade, eu nem pensei muito em divulgar, não é algo para a carreira. Eu sou muito fã dos caras e tinha um sonho de vê-los cantando. Vai ser um prazer para mim. É um projeto que Deus preparou para a gente poder levar a palavra dele nesse momento difícil que as pessoas estão vivendo.

Você acha que pode ter preconceito por parte dos seus fãs do sertanejo?
Religião não tem que se discutir, cada um tem a sua. Apesar de ter a minha, eu respeito muito todas as outras. Tenho a cabeça aberta. Eu apenas vou fazer um projeto que eu gosto, que canto sozinho em casa. Vai ser um prazer mostrar para o público do secular esse lado da música gospel.

Kauan: artistas da música gospel em live (Divulgação/Veja SP)

Qual a sua opinião sobre a situação da menina de 10 anos que foi estuprada e enfrentou protestos em frente ao hospital onde ela passou pela cirurgia do aborto legal?
Eu não gosto de falar de opinião, em especial na internet, porque tem muito julgamento. É uma situação com uma criança de 10 anos de idade. Eu sou pai. Eu tenho a minha filha e não conseguiria imaginá-la em uma situação dessa. É muito delicado. Quem errou, quem fez isso com a criança, tem que pagar pelo erro. A criança não tem que ser julgada. O tanto que ela já sofreu e as pessoas ainda alimentando isso, é desnecessário. Ela precisa de ajuda daqui para frente, de acompanhamento. Eu não tenho o que dizer, é uma situação muito triste. Eu queria que as leis no Brasil fossem diferentes para que pessoas paguem pelo que fazem. Infelizmente, nada acontece.

Você sempre foi evangélico?
Sim, sempre fui. Comecei a cantar na Igreja com meus pais. Foi ali meus primeiros passos na música. Comecei a cantar, a gravar e a coisa ficou mais séria quando eu tinha 12 anos. Fui para o sertanejo mas sempre gostei de música gospel. Não frequento a Igreja porque a agenda é muito corrida. Mas quando eu estou em casa, eu vou e levo meus filhos.

Como será a live?
Estou produzindo tudo. Arrumei uma dor de cabeça. Encontrei uma chácara que nunca foi usada para lives antes e tem o visual que eu sempre quis. A cenografia é do Zeca Carratu, que fez a última turnê de Sandy & Junior. Vai ter uma banda, respeitando todos os protocolos de segurança, com todo mundo testado, e uma pequena orquestra com o maestro Adriano Machado, da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos. Vamos cantar músicas conhecidas, como Ninguém Explica Deus, do Clóvis Pinho, que ficou famosa com Preto no Branco, até por pessoas que não são do gospel. Essa não pode faltar. A gente vai fazer alguns hinos da Harpa Cristã também. E não vai ser só música, vai ter orações. É para trazer tranquilidade, paz.

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(Fernando Hiro/Veja SP)

É um projeto grande. Ele pode virar um CD ou um DVD?
A ideia é que sim. Talvez a gente grave uma música inédita todo mundo junto. Mas meu plano é que vire sim um produto depois.

E não é uma tentativa de carreira solo?
Nada disso! É só uma brincadeira mesmo. Como o Marrone fez outro dia. O futuro eu só vejo Matheus e Kauan. A gente voltando para estrada. Nosso ramo foi muito afetado. Tem empresas que estão voltando aos poucos, mas a gente não pode até que todo mundo esteja seguro, com vacina. Estamos desesperados para voltar. Mas não temos pressa porque tem que ser responsável, na hora certa.

Qual a diferença em cantar sertanejo e gospel? 
O gospel é mais complicado. Bem diferente do que eu faço no sertanejo. São notas mais difíceis de alcançar, músicas mais complexas. É um som mais delicado. Eu sempre cantei e gostei de ouvir. Vou estar rodeado dos melhores, então, vou ser um pequenininho no meio deles. Eles cantam muito. Sou fã de todos e vou dar meu máximo.

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