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5 perguntas para o soulman Carlos Dafé, que mostra o novo disco pela primeira vez na cidade nesta semana

O Príncipe do Soul está de volta. Depois de se preparar por quase uma década, Carlos Dafé soltou no começo deste ano Bem-Vindo ao Baile, que reúne seis faixas inéditas e seis regravações de sucessos de sua carreira, além de contar com a participação estrelada do cantor Toni Garrido, do baterista Marcelo Yuka e da pianista Tânia Maria. […]

Por Luan Freires
Atualizado em 26 fev 2017, 16h20 - Publicado em 5 jun 2015, 19h21

carlos dafé

O Príncipe do Soul está de volta. Depois de se preparar por quase uma década, Carlos Dafé soltou no começo deste ano Bem-Vindo ao Baile, que reúne seis faixas inéditas e seis regravações de sucessos de sua carreira, além de contar com a participação estrelada do cantor Toni Garrido, do baterista Marcelo Yuka e da pianista Tânia Maria.

Os indicados da terceira edição do Music Video Festival (m-v-f), que rola na próxima semana no MIS

Agora, o soulman de 67 anos faz o lançamento do trabalho no palco do Sesc Campo Limpo. Aproveitamos a ocasião para falar com o carioca sobre o movimento black rio, as parcerias e as histórias do tempo em que tocou com Tim Maia.

Por que o disco demorou quase uma década para sair? Quais foram as dificuldades? 

Ele foi feito em várias etapas, de acordo com a disponibilidade dos músicos que participaram e com a parte financeira. Tive que ter paciência e muita calma para que o produto chegasse com qualidade ao final. A crítica tem gostado e isso tem sido de grande valia.

Há algumas participações especiais. Como elas aconteceram?

Foi uma grande surpresa. Fui descobrindo que essa rapaziada admira meu trabalho, assim como eu admiro o deles. Caiu do céu, o resultado final foi muito bom. Observo nos shows que tenho um público jovem crescente. Tem quem me curtia nos anos 70, mas tem muita gente nova no meio deles, acho que graças às parcerias que venho fazendo há um tempo, com Rapin’ Hood, Negra Li e Seu Jorge.

Você fez parte do movimento black rio, que buscou promover a cultura negra por meio da música no Rio de Janeiro durante os anos 70. Aquilo foi algo organizado ou surgiu naturalmente?

Foi natural. A grande inspiração do movimento foi aquele festival realizado em um campo de beisebol com o reverendo Jesse Jackson (o Wattsax, que aconteceu em 1972 e teve a participação, entre outros, de Isaac Hayes, do conjunto The Staples Singers e do humorista Richard Pryor). Ele foi exibido pra gente e bateu. Os militares ficaram com medo de que a nossa ação fosse como à dos americanos, dos Panteras Negras, mas a gente não era violento.

Você teve algum tipo de problema com os militares?

Não tive porque fui militar, fui fuzileiro naval. Fiz uma banda com eles, que hoje virou cult, a Fuzi 9. Tive de optar se me inseria completamente no militarismo, mas abri mão da segurança que tinha e parti para uma aventura. Inclusive, até hoje eles vão aos meus shows.

Você tocou com o Tim Maia. Ele é lembrado como uma pessoa extremamente rigorosa com os músicos, mas como era lidar com ele no dia a dia?

Ele tinha uma personalidade marcante, de momentos fáceis e outros muito difíceis. Quem era mais chegado, como eu, tinha a inteligência de lidar com ele. Para não brigar, a gente saía fora. Ele era inteligente, nos ensinou muito, era como se tivesse estudado teoria musical. A história mais marcante foi quando ele nos levou a São Paulo pra gravar no estúdio Eldorado, o primeiro de 16 canais do país. Todo mundo com aquelas roupas coloridas, cavanhaque, dando “rolê” na cidade. Era uma festa.

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