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‘O Pastor e o Guerrilheiro’ tem primeira exibição no Festival de Gramado

Filme se passa durante a Ditadura Militar; no tapete vermelho, Johnny Massaro e equipe foram hostilizados por apoiadores de Bolsonaro

Por Barbara Demerov
Atualizado em 18 ago 2022, 00h59 - Publicado em 17 ago 2022, 15h56

Um dos principais filmes na competição pelo Kikito no 50º Festival de Gramado é O Pastor e o Guerrilheiro, do diretor José Eduardo Belmonte. A produção que aborda a Guerrilha do Araguaia foi apresentada na última segunda (15) no Palácio dos Festivais e recebeu muitos aplausos ao fim da sessão.

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No entanto, a recepção da equipe no tapete vermelho não foi das mais calorosas. Apoiadores do presidente Bolsonaro vaiaram Johnny Massaro, Julia Dalavia e outros membros do filme após estes terem feito um “L” (em referência ao ex-presidente Lula) durante a caminhada. A partir daí, gritos enérgicos de “mito” e “Lula” tomaram conta até a equipe entrar no cinema.

Elenco do longa-metragem brasileiro O Pastor e o Guerrilheiro
Elenco do longa-metragem brasileiro O Pastor e o Guerrilheiro (Cleiton Thiele/Agência Pressphoto/Divulgação)

O Pastor e o Guerrilheiro se passa nas décadas de 1960 e 1970 e nos últimos dias de 1999, na virada do milênio. Juliana (Julia, de Pantanal), filha ilegítima de um coronel que comete suicídio, descobre que seu pai foi torturador durante a Ditadura Militar no Brasil.

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Em paralelo, em 1968, o jovem comunista João (Massaro) deixa a universidade e vai para uma guerrilha na Amazônia. É preso, torturado e enviado para a prisão em Brasília, onde encontra Zaqueu (César Mello), cristão evangélico preso por engano. Em meio ao sofrimento e incertezas na prisão, eles marcam um encontro para dali a 27 anos, na virada do milênio, em cima da Torre de TV de Brasília.

Uma ficção histórica com inspiração no livro Relato de um Guerrilheiro, de Glênio Sá, O Pastor e o Guerrilheiro ganha forças com a atuação da dupla principal. Massaro e Mello criam um forte elo na tela e, apesar das diferenças ideológicas entre os personagens, a conexão se faz presente de forma natural. O roteiro dá atenção especial a Zaqueu e sua dedicação como pastor evangélico, mas também insere a figura de Juliana, que está prestes a entrar nos anos 2000 e é o reflexo de uma geração “filha” da Ditadura. Ao saber que o pai foi torturador, ela mergulha em reflexões que vão muito além de seu tempo, mas ainda soam atuais.

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