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Blog do Lorençato

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O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas no YouTube. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

O chef italiano Salvatore Loi está em um novo restaurante

O cozinheiro, nascido na Sardenha, leva suas receitas para o Mondo, que será inaugurado onde funcionou o extinto Limone até o início dos anos 2000

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Atualizado em 20 jan 2022, 14h15 - Publicado em 16 out 2017, 12h10
Linha de frente da casa: Loi, Diotto, Juliana e Zanini (Divulgação/Divulgação)
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Um dos mais talentosos chefs italianos em atuação na capital paulista, o italiano Salvatore Loi mais uma vez teve seu trabalho reconhecido por VEJA COMER & BEBER. Na edição lançada no mês passado, o restaurante comandado por ele e por Paulo Barros, o Moma – Modern Mamma Osteria, foi reconhecido como a melhor trattoria moderna na estreia dessa categoria no mais respeitado guia gastronômico do Brasil.

Agora, o mesmo Loi, que teve sua competência reconhecida nos quase quinze anos que passou no Fasano e depois em casas que levaram seu nome o Ristorantino e o novíssimo Evvai, fixará seu nome no cardápio de um restaurante que deve ser inaugurado em 24 de outubro.

O cozinheiro, nascido na Sardenha, assina o menu do Mondo, um duo de restaurante e empório que surge no mesmo ponto onde funcionou o Limone, entre 1996 e 2002 — no ano seguinte, o endereço foi transformado no francês Bistrô, Bistrot pelos menos proprietários, mas sem sucesso. Desde então, o charmoso imóvel em uma das faces da esquina da Rua Oscar Freire e Alameda Casa Branca permanecia fechado.

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Fachada em 3D: esquina da Rua Oscar Freire com Alameda Casa Branca (Jayme Lago Mestieri Arquitetura/Divulgação)

O antigo dono do Limone, Lalo Zanini, está à frente de um grupo de investidores. Não por acaso. Zanini é  autor de uma façanha: a rede Tartuferia San Paolo, na qual todos os pratos têm trufa e derivados como azeite e manteiga. Embora seja um sucesso de público, com duas unidades na cidade e outra em Curitiba, haja paladar para tanto!

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Detalhe do salão em 3D: clima de informalidade (Jayme Lago Mestieri Arquitetura/Divulgação)

Para tocar o dia a dia dos fogões, Loi escolheu Juliana Rezende, que trabalhou no extinto Salvatore Loi e tem formação na Le Cordon Bleu, de Los Angeles. O serviço está nas mãos de Julio Diotto, outro parceiro do chef.

No menu criado por ele, há uma seleção de risolios, como Loi costuma chamar o risoto sem manteiga. Um deles leva codorna, castanha-portuguesa, vinho tinto, chocolate e especiarias. Entre as massas, não falta a fregola, macarrão fresco sardo que ele ajudou a difundir na cidade. Feito de sêmola sem ovos, recebe molho de lula, camarão, vieira e presunto cru.

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Detalhe com vista do teto na projeção em 3D: entrada de luz natural (Jayme Lago Mestieri Arquitetura/Divulgação)

“É um cardápio bem enxuto com algumas massas exclusivas”, adianta. O cozinheiro se refere à pedidas como o rotolino de ricota, camarão e chicória. Também novidade, o ravióli de vitelo é servido inteiro, sem separar as peças recheadas. “São grudados e em número de oito. O cliente precisa cortar com a faca para comer”, explica. Ops! Fatiar massas, coisa que para os devotos da culinária clássica ser considerada uma heresia. Para conferir tudo o que pode ser saboreado no restaurante, clique no cardápio do Mondo que traz preços que ainda podem ser alterados.

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No almoço durante a semana: nhoque de batata recheado de vitela ao creme de carbonara (Salvatore Loi/Divulgação)
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Outra novidade, uma pequena rotisseria integrada ao restaurante oferecerá massas e assados, além de quatro tipos de pães. “Teremos uma uma lojinha para vender os produtos para o cliente preparar em casa”. O chef explica que atrás da cozinha aberta no térreo — o salão tem ainda um segundo ambiente no piso superior — fica uma área de produção, de onde sairão os itens para abastecer tanto Mondo quanto o empório.

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Fachada do Mondo em obras: a equipe da linha de frente (Divulgação/Divulgação)

Se bem sucedido, o Mondo deve ser replicado a partir de 2018 não só em filiais pela cidade, mas em capitais como Recife e Goiânia, projetam os sócios, que preferem manter-se anônimos. Para montar essa unidade modelo, foi necessário um capital de 2,5 milhões de reais, segundo cálculos dos investidores.

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