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Vaticano mantém excomunhão de padre que defende união gay

Padre Roberto Francisco Daniel, de Bauru, é acusado de ferir os dogmas da Igreja Católica

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h49 - Publicado em 17 nov 2014, 07h37

O padre Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, de Bauru, foi declarado oficialmente excomungado pela Igreja Católica. O comunicado da Diocese de Bauru, distribuído neste sábado, diz que, após mais de um ano analisando o caso, o Vaticano decidiu confirmar a excomunhão, iniciada em abril do ano passado, em Bauru, e levado ao Vaticano em julho do mesmo ano.

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O padre é acusado de cometer heresia e de ferir os dogmas da fé religiosa ao divulgar na internet suas opiniões sobre o tratamento dado pela Igreja Católica aos temas sexuais e ao casamento. Em vídeos e entrevistas, padre Beto critica a igreja por manter uma posição retrógrada sobre a relação de parceiros bissexuais e do mesmo sexo e sugeriu uma segunda união após o primeiro casamento.

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No comunicado, o padre Tiago Wenceslau, que presidiu o processo de excomunhão no Brasil, diz que a decisão da Congregação para a Doutrina da Fé, do Vaticano, confirmando a excomunhão foi tomada em 14 de outubro deste ano, mas não explicou por qual motivo demorou mais de um mês para fazer o comunicado oficial no Brasil.

Segundo ele, com a excomunhão, padre Beto não pode mais realizar nem participar mais das celebrações da Igreja Católica. “Portanto: o referido padre não pode mais celebrar nenhum sacramento ou sacramental da Igreja Católica nem os receber e fica privado de quaisquer ofícios ou encargos na Igreja”, diz a nota.

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O comunicado também informa que os casamentos realizados pelo padre após a decisão da Igreja também estão invalidados e pede aos fiéis que “não participem de possíveis atos de culto que forem celebrados pelo referido padre”, mas que rezem pedindo que padre Beto peça perdão e reconcilie com a Igreja Católica.

À decisão não cabe recurso, mas a punição pode ser retirada se padre Beto se retratar publicamente das suas opiniões. Ao tomar conhecimento da decisão, padre Beto disse que já esperava por ela e não pretende se retratar, embora vá continuar usando o nome de “padre”. Ele também disse que já tinha decidido deixar a Igreja mesmo antes da decisão, a qual “não muda nada na minha vida”.

(Com Estadão Conteúdo)

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