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Vandalismo: quanto custa para a prefeitura

Só com a reposição de fios e cabos roubados são gastos 3,6 milhões de reais por ano

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 19h22 - Publicado em 18 set 2009, 20h34

Para reformar a Praça da Sé, inaugurada no dia 25 de janeiro, a prefeitura gastou 4 milhões de reais. A área ganhou rampas para acesso de deficientes físicos e duas passarelas metálicas. Canteiros e jardineiras foram rebaixados e os chafarizes do espelho-d’água voltaram a funcionar. Menos de um mês depois da entrega das obras, no entanto, o local já estava pichado. “A praça ficou um brinco, mas nossa cultura, infelizmente, não é de preservar o espaço público”, afirma o secretário de Subprefeituras e subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo. “Isso só vai mudar se houver educação e punição.” Além de emporcalhar a cidade, os vândalos causam prejuízos econômicos aos paulistanos. Em 2006, a prefeitura pintou mais de 1 milhão de metros quadrados de muros, postes e obras públicas pichados, algo como 140 campos de futebol. A previsão é que o governo municipal gaste, neste ano, 680.000 reais para limpar essa sujeira. Os furtos de fios, placas e lixeiras também provocam transtornos. Todos os meses são roubados 150 quilômetros de cabos de iluminação pública, o que gera um rombo de 300.000 reais à prefeitura. Ou seja, 3,6 milhões de reais por ano. Os motoristas, que convivem com cerca de 320 placas de sinalização depredadas por mês, muitas vezes deparam com túneis às escuras. No ano passado, 2 quilômetros de fios sumiram dos dezenove túneis paulistanos. Há dois anos, aliás, o Túnel do Anhangabaú opera com 50% de sua capacidade de ventilação por causa da ação de marginais. Os fios roubados vão parar em ferros-velhos, onde são vendidos como sucata. O mesmo ocorre com tampas de bueiro. Todos os meses, 500 somem das ruas. Elas custam 200 reais cada uma, mas são revendidas por cerca de 50 reais. Das 35.000 lixeiras compradas em 2006, estima-se que 20% completem o primeiro ano de vida quebradas ou adaptadas como caixas-d’água em casas na periferia. Até as obras de arte penam na mão de criminosos. Das 410 esculturas que deveriam estar expostas em ruas e praças, 28 desapareceram. Outras oito passam, atualmente, por algum processo de restauração. “A limpeza, a iluminação, a segurança e o atendimento social inibem o vandalismo, mas não são suficientes”, diz Marco Antônio Ramos de Almeida, superintendente da Associação Viva o Centro. “É lógico que precisamos de punição.”

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