Tendas de apoio são fechadas na Cracolândia

Parte dos programas Redenção (municipal) e Recomeço (estadual), os espaços ofereciam serviços como pernoite, higiene e atendimento psicossocial

Por Estadão Conteúdo
12 out 2017, 09h57

O fluxo na Praça Júlio Prestes: menos serviços à disposição (RAFAEL ARBEX/ESTADÃO CONTEÚDO/Veja SP)

Duas tendas de atendimento a usuários de drogas foram fechadas nas últimas semanas pelo governo estadual e a prefeitura na região da Cracolândia, em Campos Elísios, no centro. Parte dos programas Redenção (municipal) e Recomeço (estadual), os espaços ofereciam serviços como pernoite, higiene e atendimento psicossocial. Mais de cinco meses após megaoperação policial na área, centenas de dependentes químicos ainda se concentram no entorno do antigo “fluxo”.

À reportagem, voluntários de uma ONG afirmaram que os usuários ficaram mais agressivos e em maior número após o fechamento das unidades. Um rapaz de 28 anos disse à reportagem estar dormindo na calçada há três dias por não conseguir mais vagas para pernoitar nas imediações.

De acordo com o prefeito João Doria (PSDB), o espaço Atende 2 será reaberto no dia 18 na Rua Helvétia, a cerca de 500 metros do local original, na Alameda Cleveland. Ele alegou ontem que a mudança ocorreu porque o terreno anterior integra a área de uma Parceria Público-Privada (PPP) de Habitação.

Já o Governo do Estado, por nota, afirmou que sua tenda na Rua Helvétia era temporária e teve seus serviços transferidos para outras unidades. Um dos motivos apontados é a queda no total de triagens, que foi de 953, em maio, para 642, em setembro. No mesmo período, a Unidade Recomeço, na mesma via, teve um aumento nos acolhimentos, de 2.960 para 3.487. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.