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Suspeito de terrorismo preso no Brás é pacífico, dizem parentes

Mohamed Mounir Zakaria, de 48 anos, veio da Libéria em busca de melhores condições de vida e tem uma confecção no bairro de comércio popular

Por Mariana Zylberkan
Atualizado em 27 dez 2016, 16h36 - Publicado em 22 jul 2016, 19h32

O comerciante Mohamed Mounir Zakaria, de 48 anos, é o único dos catorze brasileiros suspeitos de ligação com o Estado Islâmico detido na capital paulista durante a operação Hashtag da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (21). As outras três prisões no estado se deram nos municípios de Guarulhos, Campinas e Amparo.

Por ser considerado um homem pacífico e muito religioso, seus familiares receberam com espanto a notícia e tiveram que contratar um advogado às pressas.

Após passar pela sede da Polícia Federal em São Paulo, ele foi transferido junto com os demais para um presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde é avaliado por médicos e psicólogos. O homem ainda não teve a chance de falar com seu defensor. 

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Zakaria mora e trabalha no bairro do Brás, onde fica sua confecção que administra junto com familiares. Nascido na Libéria, veio para o Brasil há 25 anos em busca de melhores condições de vida já que a economia no país de origem é precária. Casado, tem três filhas.

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O suspeito é descrito por parentes como um integrante ativo entre a comunidade muçulmana e frequentador constante da mesquita do Pari.

Investigação

Segundo a acusação, alguns dos catorze presos fizeram um juramento ao Estado Islâmico via internet, em um site que disponibiliza uma gravação do texto que deve ser repetido por quem deseja fazer parte do grupo extremista. Porém, ainda não haviam feito qualquer contato direto com a organização.

“O suposto líder brasileiro pretendia ir ao exterior angariar fundos para os atos terroristas e se encontrar com algum integrante do Estado Islâmico, mas acabou desistindo da ideia por falta de recursos financeiros para viajar”, disse o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante coletiva à imprensa na quinta-feira (21).

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O mesmo sujeito teria tentado comprar um fuzil AK-47 em um site paraguaio. “Acreditamos que esta seja uma célula amadora”, contou o ministro. “Profissionais não iriam tentar comprar uma arma desse porte pela internet.”

Os supostos terroristas não possuíam planos de algum atentado com bombas, nem falavam de alvos específicos. Seu objetivo era investir em um ataque armado. Uma das evidências disso foi o fato de terem comemorado, por trocas de mensagens de WhatsApp, o atentado de Orlando, em junho, realizado com armas de fogo.

A operação, batizada de Hashtag, monitora ao todo 100 suspeitos no Brasil de planejar atos terroristas durante as Olimpíadas.

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