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Estudantes chamam professora de “preta galinha” e desenham suástica em SP

Caso ocorreu no começo do mês, saiba mais

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 out 2018, 15h54 - Publicado em 11 out 2018, 15h43

Em Tremembé, na Zona Norte da capital, a professora de sociologia Odara Dèlé, da rede estadual de ensino do Governo do Estado, sofreu ofensas de cunho racial e machista no último dia 2. Os autores da agressão foram os próprios alunos, que escreveram “preta galinha do car****” e desenharam uma suástica – símbolo associado ao nazismo – em uma das portas da instituição de ensino.

A educadora relatou o caso no Facebook no dia 4. A postagem reúne mais de 700 compartilhamentos além de mensagens de força e incentivo. Odara, inclusive, foi responsável por desenvolver um aplicativo como material de apoio para o ensino de cultura afro-brasileira aos estudantes.

Em entrevista ao canal Globonews, ela relatou a frustração do episódio. “O primeiro sentimento foi de incapacidade como educadora”, afirmou. “Eu tenho um trabalho desenvolvido, relacionado com a cultura africana, afro-brasileira de rememorar sua importância e as contribuições da população negra na nossa sociedade. Mesmo assim, esses alunos demonstraram que esses trabalhos que foram feitos não adiantaram de nada.”

De acordo com o portal G1, Odara registrou um boletim de ocorrência por injúria racial na Delegacia de Crimes Raciais.

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo diz repudiar todo e qualquer ato de preconceito e discriminação. Ainda informou que os responsáveis pelos alunos envolvidos no caso foram chamados para uma reunião para tomarem conhecimento do fato. Além disso, a pasta se colocou a disposição da professora Odara “para tudo que for necessário”.

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Confira a nota na íntegra: “A Secretaria da Educação de São Paulo repudia todo e qualquer ato de preconceito e discriminação. O respeito e a inclusão são princípios básicos trabalhados constantemente na rede estadual. Nas escolas são desenvolvidos trabalhos exemplares, como o da professora Odara Dèlé, responsável pela criação de um aplicativo para abordar a cultura afro-brasileira em sala de aula.

Uma reunião com os responsáveis pelos alunos foi realizada para que tomassem conhecimento do fato, uma vez que a educação se faz com participação da família e da sociedade. A Diretoria Regional Norte 2 está à disposição da professora para tudo o que for necessário.”

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