Secretário de Doria rebate críticas sobre a Virada Cultural em Interlagos
André Sturm saiu em defesa das mudanças: "A gente tem de lembrar que para uma quantidade enorme de paulistanos o transporte até o centro é algo oneroso"
Nesta segunda (5), o prefeito eleito João Doria (PSDB) causou polêmica ao anunciar que a Virada Cultural seria transferida para o Autódromo de Interlagos. De acordo com o político, a intenção da mudança no evento, que costuma ocorrer durante 24 horas ininterruptas na região central da cidade, é amenizar os “pontos ruins” da atividade, entre eles, o acúmulo de pessoas em áreas residenciais.
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Após uma enxurrada de comentários negativos nas redes sociais, André Sturm, escolhido como Secretário de Cultura da próxima gestão, publicou em seu Facebook um texto em que justificava a nova proposta do projeto, afirmando que “a gente tem de lembrar que para uma quantidade enorme de paulistanos o transporte até o centro é algo oneroso”. Também explicou que ainda rolarão atividades no centro.
Completou dizendo que quer que esses espaços funcionem “nos moldes do que fiz no MIS”. Sturm foi responsável por aumentar consideravelmente o público do Museu da Imagem e do Som (MIS), nos Jardins, com exposições de pegada pop. Confira o relato completo:
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No Facebook, entretando, alguns paulistanos foram contra o anúncio do prefeito e criaram, em repúdio, o evento “Virada Cultural Clandestina”, marcada para o dia 19 de maio do ano que vem.
Até a manhã desta terça (6), havia mais de 30 000 pessoas interessadas e 26 000 com presença confirmada. O texto na página relata a intenção de ocupar o centro nos dias definidos, com coletivos culturais da cidade.