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STJ nega recurso e dificulta concessão do Pacaembu

Tribunal manteve decisão que proíbe barulho excessivo no estádio, como em shows

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 set 2017, 19h18 - Publicado em 29 set 2017, 19h05

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quinta-feira (28) um recurso da Prefeitura de São Paulo para que o Estádio Paulo Machado de Carvalho, no Pacaembu, pudesse receber shows e espetáculos não relativos à prática esportiva.

A corte em Brasília concordou definitivamente com a decisão de 2006 do Tribunal de Justiça paulista de proibir eventos (tanto no complexo quanto na Praça Charles Miller) que prejudiquem a segurança, o sossego e a saúde dos vizinhos, o que, na prática, inviabiliza festivais e apresentações musicais.

A discussão é antiga – começou em 2005 com uma ação civil pública movida pela associação Viva Pacaembu por São Paulo –, mas agora ocorre em um momento-chave para a prefeitura, cuja gestão conseguiu aprovação na Câmara no fim de agosto de um projeto de lei que prevê a concessão do estádio por vinte anos.

Promessa de campanha do prefeito João Doria, o plano de entrega do espaço à iniciativa privada é a mais avançada dentre todas as outras medidas do plano de desestatização municipal – já passou pela Câmara e foi sancionada pelo tucano.

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Após a manifestação de interesse de cinco empresas, quatro foram qualificadas pelos órgãos municipal e estadual de defesa do patrimônio histórico. O Conpesp (prefeitura) e o Condephaat (do estado) liberaram inclusive a demolição do tobogã, estrutura inaugurada em 1970, o que também é alvo de contestação dos vizinhos.

Agora, as empresas farão projetos mais aprofundados que deverão embasar a licitação da prefeitura, prevista para ocorrer até o fim do ano. “É claro que se pudesse haver shows com som mais alto, mais interessados apareceriam, mas as empresas são criativas e poderão destinar muito bem o local”, afirma o secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit.

O secretário de Justiça, Anderson Pomini, diz que a cobertura do estádio, também prevista nas manifestações de interesse das empresas, poderá solucionar a questão do barulho.

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“Eles só se esquecem que a decisão da Justiça é sobre segurança, saúde e sossego da população vizinha. Não poderá haver badernas na região, como ocorre antes, durante e depois dos shows. E  disso não abriremos mão”, afirma o advogado Sergio Levovschi, que defende os interesses dos vizinhos do estádio do Pacaembu.

A prefeitura poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal, mas ainda não sabe se exercerá esse direito.

 

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