Silvya Engler
A bióloga criou uma pele artificial que pode ajudar pacientes com câncer, vítimas de queimaduras e com feridas crônicas
A Cidade Universitária é o local de lazer e de trabalho da bióloga Silvya Stuchi Maria-Engler. Todos os dias, ela caminha 6 quilômetros pelas ruas arborizadas da USP. Passa também cerca de dez horas em seu laboratório, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Foi ali que coordenou a pesquisa para desenvolver uma pele artificial, idêntica à humana. Detalhe: apesar de a Europa e os Estados Unidos já dominarem essa tecnologia, ela é pioneira no Brasil.
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Como matéria-prima, o estudo usa células retiradas da pele de doadores submetidos a cirurgias plásticas reparadoras. Entre as vantagens está a possibilidade de tratar pacientes queimados e com feridas crônicas, além de combater células cancerígenas.
“Sempre foi meu sonho descobrir novas terapias”, diz Sylvia. Ela conta que foi esse impulso que a levou a estudar biologia quando era jovem. Hoje, aos 41 anos, após ter feito mestrado, doutorado e dois cursos de pós-doutorado, colhe os frutos de estar no auge da carreira.
Em 2010, os resultados de seu trabalho foram publicados numa revista científica e lhe renderam uma bela exposição. “Estou muito satisfeita por ser uma ponte entre a universidade e a sociedade.” Entre outros destaques, foi finalista do Prêmio CLAUDIA, revista da Editora Abril, e fez uma recente viagem para os Estados Unidos com o objetivo de divulgar sua conquista para diversas instituições de ensino e realizar um treinamento.