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Sem recursos, prefeitos regionais de Doria dizem ‘enxugar gelo’

Representantes têm se queixado da falta de estrutura, de verbas e de pessoal para fazer as ações de zeladoria da capital paulista

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 9 fev 2017, 09h19 - Publicado em 9 fev 2017, 09h17

Prefeitos regionais recém nomeados pela gestão João Doria (PSDB) para administrar as antigas subprefeituras de São Paulo têm se queixado da falta de estrutura, de verbas e de pessoal para fazer as ações de zeladoria da capital paulista.

As queixas ocorrem em meio às ações do programa Cidade Linda, o mutirão proposto pelo prefeito justamente para tratar da zeladoria.

O prefeito regional de São Miguel, na Zona Leste, Edson Marques, por exemplo, afirma não ter como dar resposta a todas as demandas por poda de árvores. “É uma grande demanda e uma capacidade inibida de atendimento. Eu, por exemplo, trabalho com duas equipes para essa questão da poda de árvores”, afirmou.

Marques disse que há, na Regional, apenas uma engenheira agrônoma – que deve se afastar em breve por causa de sua gravidez. Antes de cada poda, diz ele, é preciso que algum profissional dessa especialidade faça um laudo liberando o serviço.

“Nós acabamos fingindo que estamos fazendo e na verdade você vai agindo sob pressão. Não é a melhor forma de você administrar. Porém, essas são as condições atuais e a estamos trabalhando no sentido de um futuro melhor”, disse Marques.

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Outra queixa dos regionais está relacionada a outra ação do prefeito, sua “guerra” contra as pichações da cidade. No caso da Vila Mariana, na Zona Sul, que é responsável por parte da Avenida 23 de Maio, o regional Benedito Mascarenhas reconheceu que não havia ação preventiva a ser adotada para evitar o surgimento de novas inscrições nas paredes.

Ao debater sobre a proposta de criação de uma lei com multas mais duras para pichadores, Mascarenhas disse que, se “pega alguém chegando próximo ou executando a pichação na hora, a única coisa que se pode é levar para a delegacia, formalizar toda a ocorrência mas a pessoa não tem nenhuma punição”. “É enxugar gelo, como se diz. O que cabe exatamente para nós é ir lá pintar aquilo que foi sujado.”

Mesmo o secretário das Prefeituras, Bruno Covas, relatou falta de condições para atender todas as reclamações da cidade. Covas, ao tratar das reclamações do Psiu, o programa de silêncio urbano da cidade, afirmou que conta com apenas dois técnicos para produzir laudos que embasariam eventuais multas para toda a cidade.

Covas disse que a prefeitura estuda uma forma de descentralizar esse serviço, de forma a ampliar as formas de fiscalização entre as Regionais. O gabinete da Secretaria Especial de Comunicação do prefeito foi procurado para comentar as falas dos regionais, mas não havia se pronunciado até a publicação desta matéria.

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