Em SP, 6 pessoas burlaram sistema de saúde para tomar três doses de vacina

Dois médicos, uma dentista, uma psicóloga, um professor e uma veterinária podem responder pelo crime de estelionato

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 2 jul 2021, 16h40 - Publicado em 2 jul 2021, 16h19

Imagem de uma profissional da saúde aplicando a vacina no braço de uma pessoa — (Tânia Rego/Agência Brasil/Reprodução)

Pelo menos seis pessoas já imunizadas contra a Covid-19 burlaram o sistema de saúde ao tomarem uma terceira dose de vacina na Grande São Paulo. Os casos ocorreram nas cidades de São Paulo, Guarulhos e São Caetano do Sul.

Essas pessoas foram ao posto de vacinação justamente na intenção de tomar uma dose extra, algo ilegal por tirar a dose do braço de alguém ainda não imunizado e também perigoso do ponto de vista clínico, porque ainda não há um dimensionamento médico do que isso poderia acarretar para o corpo.

As fraudes foram detectadas após as anotações manuais serem registradas no sistema de vacinação. Os imunizados podem responder pelo crime de estelionato.

Quatro pessoas já foram denunciadas ao Ministério Público de São Paulo após tomarem a terceira dose da vacina, entre elas, uma veterinária de Guarulhos, que debochou do fato nas redes sociais, e outras três pessoas, uma dentista, uma psicóloga e um professor, em São Caetano do Sul, no ABC.

Os outros dois indivíduos a fraudar o sistema são, de acordo com a prefeitura de São Paulo, dois médicos, um da rede municipal da capital e outro de Diadema. Eles tomaram duas doses da Coronavac e depois aproveitaram que um drive-thru da cidade estava sem sistema e receberam a 1ª dose da vacina da Pfizer.

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Segundo a gestão municipal, os casos dos médicos foram encaminhados para apuração ética do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e não houve até o momento representação ao Ministério Público de São Paulo contra eles.

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