São Paulo piora em ranking da educação básica
Ideb, que avalia o desempenhos dos alunos de escolas públicas e privadas, foidivulgado nesta sexta-feira
O nível do ensino médio, considerado um dos principais gargalos do País, recuou em São Paulo e outras 15 redes estaduais, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2013. Os resultados, divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação, mostram que houve avanço no ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, no país, mas estagnação no ensino médio.
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O indicador é divulgado a cada dois anos e mede a qualidade da educação básica no Brasil a partir de dados de aprovação e resultados em provas de português e matemática. A nota vai em uma escala de zero a dez e 6 é o nível considerado de países desenvolvidos, segundo o governo federal.
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Goiás foi a rede com maior nota: 3,8 pontos, com melhora de 0,2 ponto em relação à edição anterior. São Paulo aparece em segundo lugar, com 3,7 pontos, mas houve piora em relação a 2011 – quando a nota foi de 3,9. Além da rede paulista, pioraram Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará, Roraima, Tocantins, Amazonas, Amapá, Maranhão, Sergipe, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.
Entre os que melhoraram, além de Goiás, estão Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Paraíba. Dois estados ficaram estagnados – Acre e Alagoas (3,3 e 2,6 pontos, respectivamente).
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Para a consultora e mestre em educação pela PUC-RJ, Ilona Becskeházy, apesar de São Paulo ter caído 0,2 ponto no ensino médio, trata-se da melhor rede estadual em seu conjunto. “Tem a melhor matrícula líquida (93,7 em 2012) no ensino fundamental e no ensino médio é a mais alta do Brasil (69,6). A rede coloca todos para dentro.” Segundo a especialista, isto se deveu à política de correção de fluxo que ocorre desde 1996 e resulta em menor distorção idade-série em todas as séries. “Melhor do que quem tem média maior e não fez nada disso.”
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Brasil
Dados de todo o Brasil mostram que o Ideb manteve sua evolução nos anos iniciais do ensino fundamental. Os estudantes do 1º ao 5º ano tiveram média de 5,2 pontos, 0,2 acima da última avaliação, em 2011, e 0,3 acima da média projetada pelo Ministério da Educação para a avaliação de 2013. Já o ensino médio, onde a rede de ensino tem mostrado uma evolução menor, o Ideb não apresentou nenhum avanço entre as avaliações de 2011 e 2013, mantendo-se em 3,7. A meta para 2013 era de 3,9. (Com Estadão Conteúdo)
O que é o Ideb
Indicador da qualidade da educação básica brasileira, que revela a situação do ensino em instituições públicas e privadas de todo o Brasil. A aplicação do Ideb é atribuição do Inep, órgão subordinado ao MEC
Como o Ideb é calculado
A nota do Ideb é obtida a partir da combinação das médias obtidas por estudantes em exames nacionais (Prova Brasil ou Saeb) e das taxas de aprovação: o resultado varia de 0 a 10. Os exames são aplicados a cada dois anos (o primeiro dado disponível é de 2005) e divulgados no ano seguinte
Quem participa dos exames
Alunos da 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos, respectivamente) do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio de escolas públicas e privadas. Todas as escolas públicas com mais de 20 alunos são consideradas no levantamento. Entre as privadas, apenas uma amostragem
Resultados x Metas
Os resultados obtidos nos exames são comparados com metas estabelecidas em 2007 pelo Plano de Desenvolvimento da Educação para escolas e redes de ensino. O PDE prevê metas até o ano de 2021
Como são apresentados os resultados
O MEC divulga os valores de Ideb obtidos por escolas e também as médias relativas a municípios, Estados e ao Brasil