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Sabesp divulga horários em que reduz a água na rede

Restrição chega até dezoito horas por dia em alguns locais da cidade; pesquisa pode ser feita por site ou telefone

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 1 jun 2017, 17h06 - Publicado em 27 jan 2015, 09h20

 

Um ano após o início da crise hídrica paulista, a Sabesp começou a informar os horários em que cada imóvel da Grande São Paulo é afetado pela redução da pressão da água na rede. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo em vinte endereços constatou que a restrição no fornecimento é feita diariamente, começa quase sempre a partir das 13 horas e pode durar até dezoito horas. A empresa alega que a medida não caracteriza “racionamento sistêmico”.

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Para saber o horário em que pode ficar sem água, o consumidor deve acessar o site de Sabesp. A pesquisa é feita por município e bairro.

É possível também ligar para o telefone 195, informar o Registro Geral do Imóvel (RGI) – número que vem discriminado na conta – e esperar a resposta do atendimento automático. “A Sabesp realiza a redução de pressão nas tubulações de água da sua região das 13h às 7h”, disse a gravação na consulta feita para o condomínio onde mora Tânia Rocha, de 55 anos, no Ipiranga, Zona Sul da capital.

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O prédio de Tânia é o que sofre com a redução da pressão por mais tempo ao longo do dia entre os casos levantados pela reportagem em todas as regiões da capital e em cinco cidades da Grande São Paulo. “É muito tempo sem água. Se tivessem informado antes, poderíamos nos programar”, afirmou ela, cujo condomínio, que era abastecido pelo Sistema Cantareira e agora recebe água do Guarapiranga, impôs aos moradores três cortes diários no fornecimento para garantir que os dois reservatórios de 15 000 litros não sequem.

Volume morto - Cantareira
Volume morto – Cantareira ()

Já o empresário Marcel Agarie, de 35 anos – que mora na região do Parque São Jorge, Zona Leste, abastecida pelo Sistema Alto Tietê -, diz que a redução da pressão ocorria até o fim do ano passado a partir das 20 horas. Agora, a própria Sabesp admite que o imóvel é afetado pela medida das 13h às 5h, todos os dias. “A maior dificuldade, ainda para uma casa onde vivem seis adultos e duas crianças, é administrar os horários para usar a água e dar tempo para todo mundo tomar banho.”

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A redução da pressão é feita pela Sabesp desde 1997 para diminuir as perdas por vazamentos, mas foi intensificada após a seca no Sistema Cantareira, provocando cortes no abastecimento de água, inicialmente à noite e em regiões mais altas. Responsável por 60% de toda a economia de água obtida durante a crise, a medida, porém, nunca havia sido divulgada pela companhia.

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A divulgação dos locais e horários em que há redução só foi feita agora por determinação da Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), quando autorizou a Sabesp a cobrar sobretaxa de até 100% na tarifa para quem aumentar o consumo. O presidente da companhia, Jerson Kelman, já havia dito há duas semanas que intensificaria a medida para economizar mais água e isso poderia causar “sofrimento à população”.

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Das regiões levantadas pela reportagem, apenas em bairros do extremo sul da capital, como Interlagos e Cidade Dutra, abastecidos pelo Guarapiranga, a redução da pressão começa mais tarde, a partir das 20h. E só para o endereço pesquisado na cidade de São Bernardo do Campo a Sabesp informou que não adota a prática.

Sistema Cantareira edição 2374
Sistema Cantareira edição 2374 ()

Segundo Antonio Eduardo Giansante, mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento, bairros mais altos podem ser afetados pela redução da pressão por um período maior do que o informado pela Sabesp. “Os primeiros a ficar sem água também são os últimos a recebê-la. Quando a pressão é normalizada, começa a atender às regiões mais baixas, até ganhar força para subir aos pontos altos. Isso pode levar horas.”

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Por telefone, a Sabesp afirma que, para que a medida “cause o menor transtorno na rotina, tenha no imóvel reserva de água adequada ao consumo dos usuários por 24 horas e verifique se as instalações internas estão ligadas à caixa d’água e não diretamente à rede da rua” (Com informações de O Estado de S. Paulo).

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