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Registro de peixes no Rio Pinheiros cria esperança, diz especialista

Aparecimento dos animas é conquista de investimento de longo prazo

Por Agência Brasil
Atualizado em 22 Maio 2024, 18h25 - Publicado em 13 abr 2021, 09h38
A imagem mostra o Rio Pinheiros visto de cima ao lado da raia olímpica da USP
Muito próximos: Rio Pinheiros e raia da USP paralelos (Reprodução/Divulgação)
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Imagens de peixes nadando no Rio Pinheiros, no trecho próximo à ponte Cidade Jardim, na capital paulista, foram divulgadas nos últimos dias em redes sociais e pelo governo do estado de São Paulo. A diretora da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, avalia que o aparecimento dos peixes é uma conquista de investimento de longo prazo na recuperação do rio e que a preservação de rios urbanos, como o Pinheiros, deve ser um programa permanente de estado.

“O saneamento, a despoluição dos nossos rios urbanos tem que ser um programa de estado, que não tem começo, meio e fim, tem que ser permanente, porque a dinâmica social na bacia, principalmente em uma cidade como São Paulo, é extremamente complexa”, disse Malu, que é especialista em políticas públicas e gestão de recursos hídricos.

Segundo Malu, uma conquista como essa não é resultado de curto prazo. Ela explica que se está colhendo os frutos agora dos investimentos que começaram na década de 1990, quando um jacaré apareceu no Rio Tietê e despertou nas pessoas a esperança de despoluir o Rio Tietê. “Com esses peixes é a mesma coisa, o ressurgimento de peixes em um rio extremamente poluído, em um ambiente extremamente insalubre como é ainda a margem do Pinheiros, desperta na gente essa esperança”, disse a especialista.

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O Rio Pinheiros – que se estende pelas zonas Sul e Oeste da capital paulista – deságua no Tietê. Ele é um dos principais afluentes do Rio Tietê na Grande São Paulo e a melhoria das condições do Pinheiros terá impacto na melhoria da qualidade das águas também do Tietê. Em 2019, foi lançado o Programa Novo Rio Pinheiros, mas existe desde 1992 o Projeto Tietê, que também é um programa de saneamento ambiental.

“Os afluentes que chegam ao Rio Pinheiros e estão nessa bacia já vêm recebendo há vários anos programas de coleta, afastamento, tratamento de esgoto. Eles vêm passando por processo de despoluição nessas duas décadas, então o Pinheiros vai ser reflexo das ações que estão sendo feitas agora e de todo esse processo de saneamento ao longo das últimas décadas”, avaliou a especialista.

A Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que o Novo Rio Pinheiros e o Projeto Tietê são complementares “porque as obras executadas no escopo do Novo Rio Pinheiros contribuem para a despoluição do Tietê”. O investimento no Novo Rio Pinheiros totaliza R$ 1,7 bilhão em obras realizadas pela Sabesp, que tiveram início em 2019. As obras do Projeto Tietê são executadas desde 1992 e totalizam desde então U$S 3,1 bilhões.

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Desde começo do programa, foram retiradas mais de 30 mil toneladas de lixo flutuante, como plástico, somente das águas do Rio Pinheiros. Por meio do desassoreamento, para aprofundamento e manutenção do rio, as equipes retiraram 256 mil m³ de sedimentos, o que equivale a mais de 16 mil caminhões.

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