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Após queda de multas, prefeitura estuda implantar novos radares

Segundo secretário de transportes, o objetivo seria melhorar a segurança viária

Por Estadão Conteúdo
17 Maio 2017, 15h26

Após registrar queda no número de multas de trânsito, a gestão João Doria (PSDB) estuda agora instalar novos radares em ruas e avenidas de São Paulo. Para o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, o índice de infrações – que caiu em até 66% nos chamados “radares-pegadinha” – permite que a prefeitura amplie o aparato de fiscalização, sem ser acusada de alimentar uma “indústria da multa”. Segundo afirma, o objetivo seria melhorar a segurança viária.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Avelleda afirmou que a estratégia da prefeitura para reduzir o número de multas na cidade se baseia em relatórios mensais da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET). Primeiro, identifica os cinco radares que mais flagram infrações de motoristas. Depois, adota medidas para alertar e orientar os condutores. Segundo informações da pasta, ao todo, 25 radares já foram contemplados nessa proposta.

Com a melhoria na sinalização, os dois radares “campeões de multa” registraram queda no mês de março. Então primeiro lugar, o radar na saída da Rodovia dos Imigrantes, próximo da Rua Guaratu flagrou 9 029 infrações – 38,1% a menos do que no mesmo mês de 2016, quando houve 14 593 multas.

Já o segundo colocado, na Marginal do Tietê, caiu ainda mais: 65,7%, passando de 31 257 para 10 697 autuações. “Isso torna legítima a implantação de novos radares, porque me permite dizer ‘não estou aumentando a arrecadação'”, afirmou o secretário.

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“Sem aumentar o número de multas na cidade, nós vamos ganhando também a possibilidade de implantar outros pontos de fiscalização para melhorar a segurança”, disse Avelleda. “Nós temos, digamos assim, um ‘crédito’, entre aspas, para poder implantar um outro tipo de fiscalização e manter o nível de fiscalização, sem indústria da multa.”

Entre os locais estudados, está a Avenida M’Boi Mirim, no extremo da Zona Sul da capital. “Estamos muito preocupados com a situação da M’Boi Mirim. Nós vamos atuar ali fortemente”, afirmou o secretário. “Pontos de atropelamentos são pontos onde nós estamos focando. Sempre o foco na segurança do condutor, do pedestre, do ciclista, de todos os atores do trânsito.”

Em janeiro e fevereiro, dados mais recentes, as penalidades aplicadas contra motoristas da capital caíram 13,4%. Foram 2 199 457 infrações computadas em 2017, contra 2 539 445 no mesmo período do ano passado. Os números constam do Painel Mobilidade Segura, divulgado pela prefeitura.

Apesar dessa queda, a prefeitura arrecadou 18,1% a mais com infrações de trânsito neste primeiro trimestre. Segundo relatório da Câmara Municipal de São Paulo, na comparação com 2016, houve aumento de 300,7 milhões de reais para 355,3 milhões reais – fato que se explica pelo reajuste no valor das multas, que começou a valer em novembro.

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