A SP-Arte Rotas Brasileiras recebeu a visita de alunos do Projeto Pescar, que desde 2021 oferece ensino socioprofissionalizante a jovens entre 16 e 19 anos em situação de vulnerabilidade social, com aulas diárias na fábrica da Unipar, em Santo André. Fora de sala, a turma participa de imersões em diversos departamentos da empresa e visitas a espaços culturais do estado.
“Priorizamos projetos que impactam positivamente as comunidades ao redor de nossas fábricas com o objetivo de promover o desenvolvimento humano”, afirma Suzana Santos, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Unipar, parceira no projeto.
“Trazemos um senso de responsabilidade para esses jovens de que eles podem ser agentes transformadores. A cidade não é só onde eu durmo, é onde eu posso atuar”, diz Cecília Prado, que lidera as aulas.
Antes de visitar o evento dedicado à arte brasileira, o grupo participou de uma oficina de xilogravura no Instituto Çarê, na Vila Leopoldina, comandada pelos voluntários da XiloCeasa, coletivo artístico da região.
“Queríamos mostrar que esses jovens têm caminhos no mercado e que um evento como a SP-Arte também é para eles”, conta Adriano Araújo, coordenador de Projetos Sociais da Unipar. “Da última turma, 25% foi inserida em empresas parceiras. Queremos aumentar esse número e que eles tenham oportunidade até mesmo numa concorrente.”
Alexandre Santos, 18, estava ansioso para se inscrever no Pescar. “Minha meta é o conhecimento. Sempre quis fazer e ver arte. Me sujei de tinta, mas valeu a pena.”
Publicado em VEJA São Paulo de 13 de agosto de 2024, edição nº 2910.
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