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Polícia prende suspeito de esfaquear e matar Plínio na Paulista

Fúvio Rodrigues de Matos, auxiliar de cozinha de 32 anos, nega homofobia

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 dez 2018, 11h15 - Publicado em 26 dez 2018, 10h50

A Polícia Civil prendeu o suspeito de esfaquear e matar o cabeleireiro Plínio Henrique de Almeida Lima na Avenida Paulista. O homem é Fúvio Rodrigues de Matos, auxiliar de cozinha de 32 anos, que confessou o crime que ocorreu na última sexta (21).

As testemunhas que estavam com a vítima, outros três homossexuais, disseram que, antes do golpe, Matos teria proferido xingamentos como “seus gays, merecem morrer”. O delegado Hamilton Costa Benfica, do 78º Distrito Policial (DP), onde o caso foi registrado, disse, em entrevista ao G1, que Matos golpeou o peito de Plínio com um canivete para se defender dele e dos amigos após uma confusão.

A polícia conseguiu identificar o assassino por meio de vídeos de câmeras de segurança, que registraram o momento da discussão, e do rastreamento do bilhete do metrô, para onde Matos fugiu logo após o crime.

Segundo a polícia, o criminoso fez uma brincadeira com o grupo, quando começou a chover, dizendo “anda que nem homem”. Os quatro amigos não gostaram das palavras e foram tirar satisfações. O cozinheiro ainda contou à polícia que está arrependido.

O canivete usado no crime foi apreendido e o assassino está em prisão temporária por 30 dias, até acabar as investigações, que classificaram que a morte foi motivada por homofobia.

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Matos foi detido durante o trabalho, num hotel do Paraíso. Já o amigo dele, que ajudou as investigações, não será responsabilizado pelo crime. Segundo as testemunhas, ele tentou impedir o criminoso de xingar o grupo.

HOMENAGEM

Um cartaz foi deixado na esquina das avenidas Paulista e Brigadeiro Luis Antônio, onde ocorreu o crime. Nele está escrito “Plínio presente #homofobiamata”. No chão, há flores e uma camisa branca com uma mancha vermelha, simbolizando sangue.

PANORAMA DA HOMOBOFIA

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Em 2017, o estado de São Paulo registrou quatro crimes por dia motivados por homofobia. Os dados são da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual da secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do estado.

Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), que monitora a violência contra os homossexuais há quase 40 anos, o Brasil tem, em média, uma vítima a cada 19 horas.

Em 2016, o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas foi espancado até a morte na estação Pedro II do Metrô após defender uma travesti de dois homens. Mais recentemente, em Ribeirão Preto, Luana Barbosa dos Reis foi agredida por seis policiais, sofreu uma isquemia cerebral aguda causada por traumatismo crânio-encefálico, e morreu. 

Em nota, a ONU Mulheres Brasil e o Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) disseram que a morte de Luana é “exemplo emblemático da intersecção de discriminações e sobreposição de violências contra mulheres negras, lésbicas e da periferia no Brasil”.

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