Polícia prende seis suspeitos de ataques na Grande São Paulo
Cinco deles são policiais militares e um atua como guarda-civil metropolitano em Barueri
Operação realizada pela polícia nesta quinta (8) prendeu seis pessoas suspeitas de envolvimento em ataque ocorridos na Grande São Paulo em agosto. Dos seis detidos, um deles é guarda-civil metropolitano de Barueri. Os outros cinco são policiais militares.
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Segundo o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, os crimes cometidos em Osasco e em Barueri possuem relação com atentado ocorrido Carapicuíba e Itapevi, também em agosto. No total, portanto, o número de vítimas fatais passou de 19 de para 23 (os feridos subiram de cinco para sete). Os atentados, segundo o secretário, foram desencadeados após a morte de um policial militar e um guarda-civil.
A polícia conseguiu relacinar os ataques com bases nos relatos de testemunhas, que afirmaram ter visto os mesmo modelos de carros nas cenas dos crimes. Os automóveis usados foram um Civic preto, um Peugeot prata, um Sandero prata. Eles também descobriram que as armas utilizadas eram do mesmo calibre em todos os ataques (uma pistola 380, um revólver 9 mm).
O nome dos detidos não foi revelado. Um deles, atua no 42º Batalhão de Osasco, foi reconhecido por usar uma jaqueta preta. O segundo suspeito trabalha no 20º Batalhão da Força Tática, que foi visto no Sandero prata. nenhum deles é oficial e só vão se pronunciar em juízo.
Além das prisões, a operação conjunta das Polícias Civil e Militar cumpre 28 mandados de busca e apreensão em 36 lugares, concedidos pela Justiça Criminal de Osasco e pela Justiça Militar.
Ao todo, são 96 viaturas e 457 policiais empenhados para realizar as prisões e buscas – 201 policiais civis do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) e 256 PMs da Corregedoria da Polícia Militar.
A Justiça Militar expediu mandados de prisão para cinco PMs; já a Justiça comum, para dois PMs e o guarda civil, que é coordenador da Guarda Civil Metropolitana de Barueri (GCM). Dois PMs tiveram mandados expedidos tanto pela Justiça Militar como pela comum.
O secretário afirmou que ainda há outros participantes da chacina. “Ainda estamos progredindo nas provas. Mas o que precisamos é, em relação a outros participantes que nós já identificamos, de mais provas para pedir novas prisões”, disse. “Nada em um caso importante como esse deve ser feito com pressa.”
Primeiro preso
Antes da operação desta quinta-feira, apenas um suspeito havia sido preso: o soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Fabrício Emmanuel Eleutério. Nos últimos três anos, ele foi investigado por 34 mortes, responde a cinco processos no Estado e já havia sido preso em abril de 2013 sob suspeita de integrar um grupo de extermínio. Os advogados do PM afirmam que ele é inocente. (Com Estadão Conteúdo)