Polícia prende suspeito de desviar 50 000 máscaras de hospital no Brás
Itens seriam utilizados por funcionários da instituição na prevenção à Covid-19
A Polícia Civil prendeu um funcionário do Hospital Salvalus, localizado no Brás, na segunda-feira (30). Ele é suspeito de desviar máscaras descartáveis que seriam armazenadas no almoxarifado da instituição, voltadas para a prevenção da Covid-19.
De acordo com a investigação, no dia 20 de março um supervisor de segurança do local foi acionado pela coordenação do almoxarifado após constatação de que faltavam 50 000 máscaras no estoque da instituição.
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Imagens de câmeras de segurança foram analisadas e foi possível verificar que vinte caixas, cada uma com 2 500 máscaras, foram entregues no hospital, mas não foram levadas para o estoque. Dois auxiliares do almoxarifado foram vistos, dias depois, colocando a carga em um veículo de uma empresa terceirizada.
“O encarregado assinou e informou o recebimento de materiais, porém não lançou no sistema as vinte caixas subtraídas, pedindo demissão no mesmo dia em que subtraiu o material”, diz a Polícia Civil. Mandatos de busca e apreensão e de prisões temporárias foram emitidos e um dos homens foi preso por furto e associação criminosa e levado para o 4º DP da Consolação. O outro envolvido está foragido.
Na casa da mãe do suspeito foram encontrados materiais hospitalares desviados entre novembro de 2019 e fevereiro de 2020: os itens eram curativos localizados, com valor no mercado paralelo que chega a 30 000 reais. A mulher foi presa por receptação. A Polícia tenta identificar para quem os homens venderam as máscaras roubadas.
A reportagem procurou a assessoria do Grupo NotreDame, da qual o hospital faz parte. “Hospital e Maternidade Salvalus informa que levou ao conhecimento das autoridades policiais esse assunto e se colocou à disposição para contribuir com as investigações. Não iremos nos posicionar além disso sobre o tema”, diz o texto.