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Plano de Doria prevê investimentos de 10,8 bilhões de reais

Das 53 metas de Doria, 23 contam com os recursos externos para investimento - ao todo, o plano sugere 71 projetos estratégicos

Por Estadão Conteúdo
12 jul 2017, 08h56

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), enviou à Câmara a versão final do plano de metas de sua gestão com uma previsão de investimentos de 10,8 bilhões de reais até o fim de 2020. Desse total, 3,9 bilhões de reais são recursos próprios da cidade, ante 6,9 bilhões de reais de recursos externos, como transferências federativas e, também, receita advinda de desestatizações propostas pelo prefeito. O plano de metas, agora, está dividindo as ações pelas 32 Prefeituras Regionais da cidade.

Das 53 metas de Doria, 23 contam com os recursos externos para investimento – ao todo, o plano sugere 71 projetos estratégicos. As áreas de habitação e as obras de drenagem são as mais dependentes desses recursos, conforme levantamento feito pela reportagem, que não considerou a necessidade de verbas externas para custeio.

Procurada nesta terça-feira (11), a Secretaria Especial de Comunicação também destacou o plano de desestatização como a principal aposta para obter verbas para investimentos até o fim do mandato. Esse plano inclui concessões (como a de parques e mercados), privatizações (como a do Autódromo de Interlagos) e alienações de imóveis.

Uma das metas, aliás, é justamente obter 5 bilhões de reais com o programa. “A gente tentou deixar bem transparentes e claras todas as metas”, diz o secretário municipal de Gestão, Paulo Uebel, responsável principal pelo plano entregue à Câmara anteontem.

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“Fincamos (foram destacadas à parte no texto final) algumas metas ou projetos que dependem de recursos de terceiros ou de recursos do plano de desestatização, para dar mais transparência à população e mostrar como pretendemos investir esses recursos.”

Metade da previsão de investimentos está em apenas três ações: construir 72 km de corredores de ônibus, erguer 25 000 unidades habitacionais em 25 das 32 Prefeituras Regionais e realizar obras de drenagem na bacia de onze córregos – incluindo o Zavuvus, na Zona Sul, e o Tremembé, na Norte. Para esses serviços, há previsão de recursos federais para casas, uma parceria público-privada (PPP) para a habitação, além de 1 bilhão de reais em investimento privado nos corredores e outras receitas externas para os córregos.

Ao todo, 14 das 53 metas são relacionadas a Urbanismo e Meio Ambiente – mais comumente relacionadas à ações de zeladoria -, sendo essa a área com mais metas. Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Humano tiveram onze cada. Desenvolvimento Econômico ficou com dez metas e Desenvolvimento Institucional, com sete.

Entre as metas de zeladoria está a de requalificar 145 000 metros quadrados de calçadas no centro da capital paulista. E reduzir em 500 000 toneladas os resíduos enviados a aterros – hoje em 15,5 milhões de toneladas.

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Já era prevista, diz Uebel, criar metas regionais, conforme prevê a legislação. Os objetivos por região não apareciam na versão inicial do plano, apresentada em março. Entre as propostas regionalizadas está recapear 200 quilômetros de vias até 2020, pelo programa Asfalto Novo.

Ainda é possível saber, por exemplo, que inicialmente a Prefeitura de Pinheiros, na Zona Oeste, terá a maior quantidade de asfalto recapeado, 6 quilômetros, seguida de Santana (5,9 quilômetros) e Pirituba (5 quilômetros), ambas na Zona Norte – o plano ressalva que ainda será preciso definir 170 quilômetros de locais para intervenção.

Para Américo Sampaio, da Rede Nossa São Paulo, há destaques positivos e negativos. “As novas metas são importantes. Também é um incremento a relação entre as metas e os Objetivos do Milênio (metas fixadas pela Organização das Nações Unidas, que o Estado brasileiro se dispôs a cumprir). Outro ponto que a gente criticou muito e agora apareceu foi a relação entre as metas e os planos setoriais (como planos municipais de educação, de saúde)”, diz ele.

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