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Pioneira da cena drag no Brasil, Miss Biá morre aos 81 anos de Covid-19

Paulistana nascida no Brás, a artista ficou conhecida ao homenagear Hebe Camargo em suas produções

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 jun 2020, 18h13

Morreu nesta quarta-feira (3) em São Paulo a pioneira drag queen Miss Biá, persona do maquiador Eduardo Albarella. A também atriz, transformista e maquiadora tinha 81 anos e foi vítima da Covid-19.

Uma das drag queens pioneiras do país, Miss Biá tinha 60 anos de carreira e fez inúmeras performances durante o período de ditadura militar no Brasil, quando a perseguição aos LGBTQ já era praticada pelo Estado brasileiro. Paulistana nascida no Brás, a artista também inspirou um documentário produzido pelo Museu da Diversidade Sexual — a produção está disponível no YouTube, em quatro partes. Miss Biá também ficou conhecida ao homenagear Hebe Camargo em suas produções.

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“Miss Biá era uma lenda. Era gigante. Perdemos hoje uma pioneira. Alguém que, em tempos de ditadura, ousou ser artista, ousou ser drag queen — ou transformista, como se dizia na época. Alguém que homenageava a maior apresentadora da TV brasileira, Hebe Camargo, com seu trabalho e sentou no sofá mais famoso do país, em um tempo de grande preconceito”, lamentou o apresentador Fernando Oliveira em publicação no Instagram. “Miss Biá é mais uma que perdemos para a Covid. Miss Biá merece todas as homenagens e deixa um legado imenso. Que falta ela fará”.

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Miss Biá era uma LENDA. Era GIGANTE. Perdemos hoje uma pioneira. Alguém que, em tempos de ditadura, ousou ser artista, ousou ser drag queen – ou transformista, como se dizia na época. Alguém que homenageava a maior apresentadora da TV brasileira, Hebe Camargo, com seu trabalho e sentou no sofá mais famoso do país, em um tempo de grande preconceito. Alguém que, no começo das anos 90 distribuiu camisinhas vestida de freira para conscientizar a população sobre prevenção ao HIV. Miss Biá pavimentou um caminho IMENSO para LGBTs como eu com sua cara e coragem. Sempre que a encontrava prestava reverência. Era sempre leve, agradável. Miss Biá era a história de uma comunidade inteira. Que amava tanto sua arte que desfilava pela sala, sozinha, testando seus figurinos (e eu bem espiei esse momento da varanda de um amigo e depois me diverti contando a ela). Miss Biá era vanguarda, era apaixonada pela vida. Miss Biá é mais uma que perdemos para o covid. Miss Biá merece todas as homenagens e deixa um legado imenso. Que falta ela fará. To arrasado. 💔🌈

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