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Paulistanos reclamam dos calçadões em pesquisa feita pela Associação Viva o Centro

Além dos buracos, problemas com iluminação e moradores de rua foram os mais citados

Por Fernando Cassaro
Atualizado em 5 dez 2016, 19h29 - Publicado em 18 set 2009, 20h28

Para os paulistanos que circulam pelas dezoito ruas e praças que formam os calçadões da região central – cerca de 1 milhão de pessoas por dia -, esses espaços estão mais esburacados, menos iluminados e com mais moradores de rua do que há dez anos. Em contrapartida, a sensação de segurança, a poluição visual e a poluição sonora melhoraram (veja quadros). Essas impressões fazem parte de uma pesquisa com 361 pedestres realizada pela Associação Viva o Centro em parceria com o Centro Universitário Belas Artes. Como no primeiro levantamento, de 1998, os entrevistados deveriam escolher, entre quinze itens, os cinco que mais os preocupavam. “Chegamos à conclusão de que os calçadões ainda precisam de uma série de melhorias”, afirma o superintendente-geral da associação, Marco Antonio Ramos de Almeida.

Em 1998, 163 entrevistados apontaram os buracos como o principal problema da região. Neste ano, o número subiu para 210. Um aumento de 29%. “Apesar de bonito, o piso de mosaico português dos calçadões mostra-se pouco prático”, diz o coordenador do grupo de estudos de projetos do Belas Artes, Enio Moro Junior. A buraqueira é causada pelo constante movimento de carros-fortes de bancos e pelas diversas intervenções de concessionárias de serviço público, como Sabesp e Comgás. Para Moro Junior, a solução é trocar o mosaico por um piso mais moderno, como o da Avenida Paulista. “Estamos estudando uma ampla reforma que melhore a acessibilidade e mantenha a identidade da área”, diz o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo.

No que se refere à iluminação, Almeida acredita que o crescimento de 152% em relação ao número de críticas esteja ligado às modificações na fachada das lojas, determinação da Lei Cidade Limpa. “Talvez os pedestres sintam falta da claridade dos luminosos”, afirma. De acordo com a Secretaria das Subprefeituras, desde 2005 foram instalados 240 novos pontos de luz na região central. As lâmpadas de mercúrio deram lugar às de vapor de sódio, que iluminam mais e consomem menos energia. Na primeira edição da pesquisa, a parceria entre a Associação Viva o Centro e o Centro Universitário Belas Artes resultou em um livro com 69 sugestões de como o poder público poderia melhorar os calçadões. Entre as propostas, estavam a criação de uma faixa com pavimento diferenciado para a circulação de carros de serviço – o que poderia amenizar os problemas enfrentados com a degradação do piso – e a ampliação do horário de atendimento dos albergues que recebem moradores de rua. “Praticamente nada foi adotado”, diz Almeida.

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