14ª Feira Cultural LGBT esquenta o clima para a Parada Gay
Parte da programação especial do feriado, o evento ocupou a República entre 10h e 22h da última quinta-feira (1º)
A 14ª edição da Feira Cultural LGBT aconteceu na última quinta-feira (1º) na Praça da República. O evento começou as 10h e seguiu até as 22 horas. A Avenida Ipiranga foi interditada para trânsito entre as avenidas Rio Branco e a São Luís. Na Rio Branco, até a altura da 24 de Maio, os carros só podiam passar pela pista da direita.
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Foram cerca de 70 mil metros quadrados e oitenta estandes comerciais, que ofereceram produtos dos mais variados segmentos. Também foram instalados no local praça de alimentação e um setor específico para divulgação dos trabalhos de organizações não governamentais (ONGs) e demais entidades que apoiam a causa LGBT.
No evento, foi possível fazer teste de HIV. De acordo com a coordenadora do programa municipal de prevenção DST-AIDS, são duas técnicas utilizadas: “A primeira é o teste do fluido oral, feito com um cotonete. Se der negativo, liberamos a pessoa. Caso o resultado seja positivo, faz-se novo teste de punção digital”, explica. “Todo o processo leva em torno de trinta minutos. Se alguém apresentar a doença, fazemos o trabalho de acolhimento para tranquilizá-la e depois indicamos onde é possível buscar tratamento.” Pela manhã, dez testes foram realizados e todos deram negativos. A ação permaneceu na praça até as 15h.
Entre as atrações musicais estiveram a cantora jamaicana Marion K, a Orquestra Camerata Darcos, Erikka Rodrigues, Lenny B e MC Xuxu.
A drag queen Dindry Buck ministrou oficinas sobre diversidade sexual e sexo seguro. O “Na cama com Dindry Buck” ocorreu às 13h e às 17h. Também na tenda das oficinas, às 14h, Dindry comandou a quinta edição da “Oficina de Montagem – Nasce uma Drag Queen”. Ao lado de Sissi Girl, Eduardo Moraes e J. Ivo Brasil.
Os participantes do workshop integram o time de drag queens que fez uma apresentação especial, às 15h30, em homenagem aos dezoito anos da Parada LGBT de São Paulo. Na ocasião, o público também pôde escolher a “Drag Diversidade” da feira.
O presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Fernando Quaresma, explica a mudança da data tradicional do evento. “Adiantamos o calendário para atender melhor o nosso público. Hoje, 40% dos hotéis da cidade estão ocupados para a Copa do Mundo. E nós usamos 100%. Por isso, fizemos a mudança.”
“A Parada deste ano tem como lema ‘País vencedor é país sem homolesbotransfobia’. O objetivo é chamar a atenção para a aprovação da lei de identidade de gêneros, que criminaliza atos contra gays e lésbicas.”