Alemão Gerhard Richter ganha mostra na Pinacoteca
São 27 trabalhos reunidos, entre óleos, fotografias e experimentos
Nascido na antiga Alemanha Oriental, em 1932, Gerhard Richter se mudou para o lado ocidental em 1961. Ali integrou uma geração que fez o mesmo movimento de migração do socialismo para o capitalismo e conseguiu renovar a arte alemã, composta ainda de outros nomes importantes, a exemplo de Georg Baselitz e Sigmar Polke.
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Incluído ano passado na excelente exposição “Se Não Neste Tempo — Pintura Alemã Contemporânea: 1989-2010”, do Masp, Richter apresenta na Pinacoteca, a partir de sábado (23), a mostra Sinopse. Os 27 trabalhos reunidos ressaltam uma fundamental característica dessa produção: a incapacidade de se concentrar em um estilo único. Não se trata de falta de identidade, pois o alemão se caracteriza justamente por sempre refletir, através de figuração ou abstração, acerca da própria condição pictórica e de sua trajetória ao longo dos séculos.
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A seleção se divide em dois grupos. No primeiro, constam os óleos abstratos de grande porte feitos nas últimas duas décadas. Neles, o artista lança mão de experimentos intensos com cores e camadas de tinta, por meio de pinceladas vigorosas e neoexpressionistas. Também fazem parte da montagem obras criadas a partir de um expediente inusitado. Interessado em discutir os limites da representação visual nos dias atuais, Richter utiliza fotos como matrizes para executar quadros figurativos, sobretudo retratos. Depois, faz o caminho inverso e fotografa as telas. Esses últimos registros estarão na Pinacoteca.