Mulher traída corta cabelo e arrasta rival nua pelas ruas

Caso será tratado como crime de tortura e, caso seja condenada, agressora pode pegar até 10 anos de prisão

Por Estadão Conteúdo
16 jan 2017, 20h01
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Depois de surpreender uma jovem de 20 anos na cama com seu marido, uma mulher cortou o cabelo da rival com gilete e a arrastou nua por várias ruas do bairro Jardim Nova República, em Cubatão, no litoral paulista. A mulher traída chegou a sugerir que os moradores a estuprassem “para aprender a não sair com o marido das outras”. O caso aconteceu na sexta, mas só nesta segunda (16), a vítima procurou a Polícia Civil. O caso será tratado como crime de tortura.

De acordo com informações da vítima, o homem tinha dito que estava separado da mulher. O casal estava no apartamento de um amigo dele quando a mulher chegou acompanhada de dois filhos, de 16 e 18 anos, e arrombou a porta. Assim que ela entrou, o marido fugiu.

Ao ser flagrada, a jovem tentou se explicar, mas a mulher a espancou e mandou que seus dois filhos filmassem com o celular enquanto, sentada sobre o corpo da jovem, ela raspava seus cabelos. Em seguida, rasgou as roupas da vítima e saiu com ela para a rua, segurando-a pela nuca. Depois de uma longa caminhada, com ela e os filhos gritando para chamar a atenção, um homem tirou a vítima das mãos da agressora, cedeu roupas e a ajudou a chamar a mãe.

Na página Fiéis contra as talaricas em uma rede social, a agressora se vangloriou do que fez e postou: “Não estou nem aí para o que pensam ou deixam de pensar. Vou mostrar como faz com as talaricas (traidoras) de homem casado. Acabei de pegar essa vagabunda com meu marido. Ex-marido a partir de hoje”. Também foram postadas imagens das agressões e da vítima nua. Na tarde desta segunda, a página havia sido tirada do ar.

A mulher passou por exame de corpo de delito. De acordo com a Polícia Civil, que já identificou a suspeita, a agressora vai responder pelos crimes de ameaça, lesão corporal, injúria, difamação, delito de intolerância, violência contra a mulher e tortura. Se condenada, a soma das penas pode chegar a 10 anos de prisão.

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