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Motorista que atropelou ciclista disse que não pensou em prestar socorro

"A gente não tinha noção da complexidade, se era um roubo...", defende o suspeito, que estava com duas pessoas no carro

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 nov 2020, 11h43 - Publicado em 16 nov 2020, 11h24

O microempresário José Maria da Costa Júnior, motorista suspeito de atropelar e matar a ciclista Marina Harkot, de 28 anos, afirmou que não pensou em parar o carro para prestar socorro. O homem de 34 anos, indiciado por homicídio culposo, se pronunciou pela primeira vez sobre o caso em entrevista ao Fantástico

O motorista, que estava acompanhado de mais duas pessoas, foi questionado se algum dos três pensou em parar e voltar ao local depois do atropelamento. “Não. A gente não tinha noção do que pudesse ter acontecido. Da complexidade, se era um roubo, se era alguma coisa. Um assalto”, contou na entrevista. 

Ao ser perguntado se errou na decisão, José da Costa Júnior disse que acreditou que outras pessoas poderiam ajudar. “Eu tinha que preservar pela minha vida. Eu estava num ambiente em que eu não sabia o que estava acontecendo ao certo. Como tinha mais gente lá, imaginei que tinha gente em condições de poder socorrer eu entreguei para essas pessoas pudessem socorrer essa pessoa, quem tivesse por ali ajudasse ela”. 

Ele ainda contou sua versão sobre o incidente. “Cheguei numa saída de água. Reduzi o carro para poder passar. O carro de trás buzinou. Eu acelerei e acabei ficando na dúvida se podia cruzar para o outro lado ou não. E vi essa coisa na minha frente.”

Quem socorreu Marina foi Mariana Braga, enfermeira e policial militar, que estava de folga e passava pelo local. “Tinha acabado de acontecer. Ela provavelmente bateu a cabeça no vidro do veículo e depois na mureta lateral de proteção”, contou também em entrevista ao Fantástico. 

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O microempresário afirma que se encontrou com amigos em um bar após o trabalho no dia do atropelamento, mas que não teria consumido bebidas alcoólicas. A Polícia Civil encontrou o carro do suspeito na Rua da Consolação, no centro de São Paulo, cerca de 5km do local do acidente. As autoridades também disseram que o veículo trafegava com velocidade superior a 90km/h.

O João Maria se apresentou à polícia na última terça-feira (10). Na ocasião, já não era mais possível fazer o teste para saber se ele havia bebido ou não. Ivanilson dos Santos Ribeiro, gerente do estacionamento onde o acusado parou após o atropelamento, afirmou para o G1 que o motorista parecia estar “meio mole”. “Naquele momento ele tinha tomado uns goles”. O suspeito foi visto com uma garrafa de vinho, mas afirmou que não estava dentro do seu carro. 

Ele está formalmente indiciado por fugir do local do acidente e por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Foi solicitada a prisão preventiva de José da Costa Júnior pelo delegado do caso, mas o pedido foi negado pela juíza neste domingo (15).

Marina Harkot era cientista social pela USP, cicloativista, pesquisadora de mobilidade urbana e foi coordenadora da Ciclocidade (Associação de Ciclistas Urbanos de SP), além de ter feito parte do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte. Ela usava a bicicleta como seu principal meio de transporte.

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