Motoristas usam ciclovia da Faria Lima para fugir de manifestação
Protesto de alunos na Zona Sul interditou avenida por mais de quatro horas nesta segunda (30)
Os estudantes que colocaram carteiras e cadeiras na esquina das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças, na Zona Sul, na segunda (30), em ato contrário à reorganização do ensino estadual promovido pela Secretaria da Educação, causaram um nó no trânsito de São Paulo.
Encurralados pelas interdições, que duraram pelo menos quatro horas, muitos motoristas recorreram à ciclovia no canteiro central, o que é proibido, para fugir dos congestionamentos.
O internauta Maurício de Andrade, que gravou um vídeo em que dois carros passam pela via segregada, afirma que a ação foi feita sob os olhares da Polícia MIlitar. “Cadê a indústria da multa nessa horas? Detalhe do PM ajudando os carros em vez de multar”.
No post, que teve mais de 200 compartilhamentos, internautas criticaram a postura dos motoristas. Lucas Guedes cita a famosa e informal “Lei de Gérson”, cujo princípio é a pessoa tentar levar vantagem em tudo: “Povo oportunista, malandro, famoso Gérson!”
Houve quem utilizasse embasamento técnico para entrar na discussão, como Adriano Salvio: “O piso da ciclovia não foi feito pra aguentar o peso de um veículo.”
Em nota, a Polícia Militar diz que, em casos como este, cabe ao policial presente preencher um auto de infração. Mas que ainda não teria sido possível saber se houve multa, pois os agentes ainda não foram localizados.
A multa para quem invadir uma ciclovia é considerada gravíssima, rende sete pontos na carteira do infrator e custa 574,62 reais.