Continua após publicidade

Moradores de Paraisópolis farão ato nesta tarde na Giovanni Gronchi

Protesto está marcado para as 17h. Manifestantes exigem retomada de projeto de urbanização e também querem a canalização do Córrego Antonico

Por Ana Luiza Cardoso
Atualizado em 1 jun 2017, 16h56 - Publicado em 17 abr 2015, 17h13

Moradores da favela de Paraisópolis querem aproveitar que a região serve como cenário para a próxima novela da Globo, I Love Paraisópolis, para chamar a atenção a problemas do bairro, vizinho ao Morumbi. Nesta sexta-feira, às 17h, eles farão protesto para exigir melhorias na área e sairão em passeata pela Avenida Giovanni Gronchi, o que pode complicar o trânsito na região.

Durante o ato, organizado pela União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, será exigida a retomada do projeto de urbanização da região e a canalização do Córrego Antonico. Na semana passada, iniciaram o movimento nas redes sociais chamado #EuAmoParaisópolis e ganharam apoio dos atores Henri Castelli, Mariana Xavier e Tuna Dwek, que participarão da produção global.

“Não queremos incomodar ninguém, só mostrar para a cidade que estamos abandonados aqui”, disse o presidente da UMCP, Gilson Rodrigues. “Eu me reuni com o prefeito Fernando Haddad (PT) há um ano e ele se comprometeu a dar andamento ao programa Nova Paraisópolis, mas, até agora, não vimos mudanças”, diz.  

Paraisópolis
Paraisópolis ()

De acordo com a entidade, cerca de 1 000 pessoas vivem próximas ao córrego. VEJA SÃO PAULO visitou o local. De longe, é possível sentir o cheiro de esgoto que desce as ruas sem asfalto. A maioria das casas tem barreiras de metal e tijolos nas portas e garagens. Nos dias de chuva, os moradores precisam encher sacos de areia e colocá-los sobre os vasos sanitários e ralos para impedir transbordamentos.

Continua após a publicidade

Uma moradora que pediu anonimato disse que, com o crescimento da favela, as enchentes pioraram nos últimos dez anos. Em dias de chuva, ela arrasta uma placa de metal de aproximadamente 70 quilos para porta de casa, na tentativa de conter a passagem da água e de ratos. “Não tem jeito. A água invade a casa por qualquer fresta”, diz.

O morador Juvenal Pereira vive há doze anos a poucos metros do córrego. Quer se mudar, mas não consegue vender a casa. No ano passado, depois de uma enchente, sua mulher foi diagnosticada com leptospirose. 

Procurada pela reportagem na manhã desta sexta-feira, a prefeitura ainda não havia se pronunciado até o momento da publicação deste texto.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.