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Mistura de artes marciais ganha espaço nas academias

Esportes como jiu-jítsu, boxe e muay tha formam o mixed martial artsi; dá para queimar até 900 calorias por aula

Por Helena Galante
Atualizado em 5 dez 2016, 19h31 - Publicado em 18 set 2009, 20h27

Chutes, socos, chaves de braço, adrenalina e muito suor. Tudo isso está presente em um treino de mixed martial arts, modalidade de luta que tem ganhado destaque nas academias paulistanas. Mistura de esportes como jiu-jítsu, boxe e muay thai, similar ao vale-tudo, o MMA trabalha movimentos rápidos de defesa e ataque. Em uma hora de aula, é possível queimar até 900 calorias – quase o triplo de uma atividade aeróbica moderada. “Para praticar, tem de ter raça”, afirma o professor Vinicius Souza Giroldo, da Academia Fight Club, em Perdizes. Lá, ao som de música pop alta, homens e mulheres se exercitam de frente para uma parede de espelho. Depois do aquecimento, passam a aplicar golpes uns contra os outros. A ideia é simular uma competição, com pancadas em pé e no chão. “Força! Ele não é seu travesseiro!”, incita Vinicius sempre que algum de seus alunos não imprime o vigor necessário para derrubar ou imobilizar o oponente.

A aparente rivalidade, porém, termina junto com os treinos. “Temos um clima família”, conta o professor Ricardo Scalissi, codinome Rato, da Macaco Gold Team, na Chácara Santo Antônio. “Só amigo leva um soco e depois senta para bater papo.” De acordo com uma estimativa da Federação Paulista de Lutas e Artes Marciais, o número de esportistas amadores triplicou nos últimos três anos, chegando a 1?500 filiados. Estudante de relações internacionais na PUC, a americana Alexandra Fuller não falta a um treino. “No começo, os meninos me tratavam diferente”, lembra. “Mas depois perceberam que sou forte e passaram a lutar comigo de verdade.” O estudante de direito e professor de boxe Rodrigo Lopes Rodrigues pratica mixed martial arts para diversificar seus golpes. “Eu já fui brigão”, diz. “Agora, ex–travaso minha energia nas aulas.”

Nos campeonatos, como o Ultimate Figh-ting Championship, os atletas são divididos por peso e usam luvas e protetor de boca. As regras excluem cotoveladas e chutes na cabeça. “Foram feitas alterações para o esporte ser aceito pelo público e pelas leis”, afirma Rato. Para quem se animou, é prudente avisar: mesmo numa aula, o contato físico intenso pode provocar lesões. A luta é paralisada sempre que um dos alunos dá tapinhas no chão, sinalizando que a dor está forte. Quando isso ocorre, o oponente se afasta e o ajuda a se levantar. Afinal, até no mundo da luta deve prevalecer o espírito esportivo.

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