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Desenhista encarna Homem de Ferro para divertir crianças em hospitais

Maxx Figueiredo, de 42 anos, virou o herói após sofrer um acidente de moto e perder parte da perna direita, substituída por prótese mecânica

Por Adriana Farias
Atualizado em 5 dez 2016, 12h09 - Publicado em 22 ago 2015, 00h00

Em 2007, o desenhista Maxx Figueiredo circulava de moto pelas Perdizes quando perdeu o controle do veículo depois de levar uma fechada de um carro. Ele se espatifou no asfalto e isso lhe custou a perda de parte da perna direita após três meses de internação em um hospital. Desde então, carrega doze parafusos no braço direito e usa uma prótese mecânica abaixo do joelho (ela é substituída por uma flexível, de fibra de carbono, semelhante à que é usada por atletas paralímpicos, quando participa de corridas de rua).

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A prática esportiva é um exemplo de como Maxx não se deixou abater pelas limitações físicas. Para os amigos, ele é o Homem de Ferro. Ajudam a reforçar a pertinência do apelido os materiais que carrega no corpo desde o acidente e a semelhança com o ator Robert Downey Jr., protagonista da série de filmes com o super-herói.

Em 2014, Maxx teve a ideia de usar a história para ajudar a elevar a autoestima de crianças e adolescentes em recuperação de doenças graves. Por meio de um financiamento coletivo na internet, arrecadou 6 000 reais em quinze dias para comprar o traje nos Estados Unidos. Vestido com a armadura, o “Tony Stark brasileiro” iniciou suas ações voluntárias em outubro.

A partir de então, calcula ter visitado cerca de 200 jovens com câncer e paralisia em instituições como o Hospital das Clínicas, o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) e a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

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Nas telas, o Homem de Ferro é capaz de voar a uma velocidade supersônica e medir força com robôs gigantes. Na vida real, suas façanhas são mais emocionantes. Em janeiro, um garoto de 6 anos com problemas motores levantou a mão para imitar a pose do personagem das HQs quando emite um raio. O gesto surpreendeu a equipe médica, que tentava fazê-lo esboçar movimentos havia quase um mês. “Não tem dinheiro que pague isso”, lembra Maxx.

O desenhista luta agora para conseguir patrocinadores e institucionalizar seu trabalho sob o nome de Heróis da Alegria. “Às vezes o vilão vem com uma criptonita e você cai de joelhos”, afirma. “Mas é preciso se levantar”, completa, repetindo o que costuma dizer aos fãs em suas aparições.

› Maxx Figueiredo. maxx.estudio@gmail.com, tel. 97417-7102.

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