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Mãe de menino que caiu de prédio pode responder por homícidio culposo

Polícia diz que morte de Gustavo, de 5 anos, poderia ter sido evitada se Juliana Storto não tivesse deixado-o sozinho em casa

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h03 - Publicado em 18 set 2015, 13h31

A mãe do menino Gustavo Storto, de 5 anos, que morreu na madrugada de quinta (17) ao cair do 26º andar do prédio onde morava, pode ser indiciada por homicídio culposo (sem intenção de matar). O delegado Gilson Leite Campinas, que cuida do caso, afirmou que a farmacêutica Juliana Storto foi negligente nos cuidados com a criança. “O mais provável é que ela seja indiciada por homicídio culposo porque, se estivesse no apartamento, o menino não teria morrido”, afirmou.

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À polícia Juliana disse que o menino caiu da janela do banheiro quando ela havia deixado o apartamento para buscar o namorado na estação Morumbi da CPTM, que fica a cerca de 15 quilômetros do edifício onde mora em Taboão da Serra.

De acordo com o delegado, o caso tem sido tratado como acidente. “Até o momento, o que nós temos é que, matematicamente, a mãe se ausentou e retornou quando a criança já havia caído”, disse Leite.

Imagens das câmeras de segurança do prédio mostram que Juliana deixou o edifício pouco antes das 23h para buscar o namorado, que não é o pai do garoto. Antes de voltar para casa, o casal ainda parou em uma lanchonete e chegaram em casa por volta da meia-noite.

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A polícia diz acreditar que, sozinho no apartamento, o menino tenha acordado com o barulho dos fogos disparados após a rodada do Campeonato Brasileiro.

Como não há sinais de arrombamento no local, a principal hipótese das investigações é que o garoto tenha acordado, acendido todas as luzes, calçado sapatos, apanhado uma mochila e procurado uma saída. A janela do banheiro era a única sem tela de segurança.

O corpo do garoto caiu no estacionamento do prédio, minutos antes da chegada do casal. Próximo à janela do banheiro, os peritos encontraram duas cadeiras: uma delas infantil, sobreposta a outra de ferro.

O advogado Carlos Vadalá, que representa a farmacêutica Juliana Souza Storto, 33, afirmou que foi a primeira vez que ela o havia deixado sozinho no apartamento. “Ela já está cumprindo a pena dela, que é perder o filho”, disse.

A farmacêutica levou uma hora e seis minutos para ir e voltar do prédio, onde deixou o filho Gustavo Storto, de 5 anos, dormindo, e o ponto em que apanhou o namorado.

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Ao longo do dia, a polícia ouviu vizinhos, funcionários do prédio e familiares da criança. “Tudo indica que ela [Juliana] era uma boa mãe. E, às vezes, por um ato impensado de uma hora, acaba com a própria vida”, afirmou o delegado.

“Todas as pessoas ouvidas foram categóricas em afirmar que ela era uma mãe presente.” Apesar dos primeiros depoimentos, a Polícia Civil pretende ainda traça um quadro social do garoto, com mais informações sobre suas relações na família e na escola.

Gilson Campinas afirma que ainda não há nenhum relato de testemunhas sobre possíveis negligências anteriores cometidas pela mãe. Também de acordo com as informações colhidas até o momento, a recente separação entre os pais de Gabriel foi, nas palavras do delegado, “sem qualquer conotação de briga”.

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