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Mãe denuncia caso de racismo em shopping de São Paulo

A operadora de caixa Aline Cristina Lucas Santos aproveitava um dia de folga com os filhos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 set 2019, 17h03 - Publicado em 28 set 2019, 17h00

A operadora de caixa Aline Cristina Lucas Santos, 29, fez boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) após o filho de 11 anos ser barrado por seguranças ao tentar entrar no Bourbon Shopping São Paulo, Zona Oeste, na quarta (25). A Polícia Civil de São Paulo apura o caso.

Aline relata que o menino a acompanhava, mas precisou pegar um brinquedo que a irmã de 2 anos tinha deixado cair. Ao tentar entrar sozinho no estabelecimento, foi impedido por seguranças. “Era o meu dia de folga e aproveitei para ir ao Sesc, que é perto, e fui ao McDonald’s para comer um lanche. Falei que a gente ia comprar algumas coisas no shopping e caiu um brinquedinho da neném. Como estava frio, entrei no shopping e pedi para ele voltar para pegar.”

Dentro do local, ela conta que viu a abordagem. “Vi o segurança dar um toque para o outro sobre meu filho. Ele fez uma barreira (com o corpo) na hora que meu filho foi passar. Meu filho pediu licença e ele não deixou passar. Depois, apareceu outro segurança atrás do meu filho e fizeram um tipo de escudo. Eu falei: ‘É o meu filho’. Um dos seguranças veio falar comigo e disse que tem muita criança que vai lá para pedir.”

Aline diz que ficou sem ação e resolveu ligar para o irmão, que a orientou a acionar a polícia. “Ele ficou bastante abalado e falou que foi o pior dia da vida dele, que não quer mais ir ao shopping. A forma como ele abordou meu filho me chocou. Fizeram isso porque ele é negro e está com o cabelo grande. Mas como seria se eu não estivesse com ele? Como ele enfrentaria essa situação sozinho?”, indaga.

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Para Ariel de Castro Alves, advogado da família, houve discriminação. “Se ele estivesse com a mesma roupa e fosse branco, provavelmente não teria o mesmo problema, porque várias crianças com uniforme de escola entram tranquilamente desacompanhadas. Eles achavam que o menino estava ali para pedir por ser uma criança negra.”

Em nota, o Bourbon disse que repudia qualquer racismo ou ato discriminatório e afirmou que “os seguranças agiram em conformidade à orientação de abordar qualquer menor de idade desacompanhado que ingresse no shopping”. Segundo o shopping, a medida “visa única e exclusivamente à proteção deste público”.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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