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Lancha de luxo está encalhada há uma semana no Litoral Norte

Embarcação de bailarina paulistana sofreu acidente na Ilha Montão de Trigo no último sábado (4)

Por Ana Luiza Cardoso
Atualizado em 14 nov 2017, 09h01 - Publicado em 10 nov 2017, 19h15

Desde o último sábado (4), uma lancha de luxo Ferretti 530 chamada Malta está presa entre pedras na costa da Ilha Montão de Trigo, a 10 quilômetros de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo.

Um modelo do tipo pode chegar a custar 3,5 milhões de reais, dependendo do ano de fabricação, de acordo com especialistas do setor.

A embarcação pertence à bailarina Vera Lafer, figura conhecida na sociedade paulistana – em 2012, ela foi homenageada na Câmara de Vereadores de São Paulo por sua contribuição à cultura e à arte.

Vera também foi uma das criadoras do Studio3 Espaço de Dança, para formação e aperfeiçoamento de bailarinos. Em 2014, ela participou do espetáculo Paixão e Fúria – Callas, o Mito – uma homenagem à mítica cantora lírica americana Maria Callas (1923-1977). A montagem passou pelo Teatro Sérgio Cardoso, além de apresentações em Milão e Paris.

Segundo nota enviada pelo filho de Vera (confira abaixo, na íntegra), o advogado Francisco Lafer Pati, o barco estaria sendo pilotado por dois marinheiros no momento da colisão. Uma das causas apontadas o acidente seria o mau tempo.

Uma consultoria especializada em resgate foi contratada para realizar a remoção do veículo – isso ainda não teria ocorrido por causa da localização do encalhe e devido ao mau tempo na região.

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A presença do barco tem incomodado moradores da ilha, que reclamam de vazamento de óleo e outros danos ambientais.

Essa versão foi descartada pela prefeitura de São Sebastião. Segundo apontamento de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, a mudança de cor na água seria resultado do fenômeno natural chamado ‘maré vermelha’, que consiste no acúmulo de algas microscópicas na água.

Ainda assim, a Capitania dos Portos de São Sebastião coletou amostras de óleo na região para análise. O laudo deve ser liberado nos próximos noventa dias. Ao final da investigação, dependendo do resultado, o proprietário pode ser punido com multa.

O acidente

A lancha colidiu com as pedras na ilha na noite de sábado (4), por volta das 20h30. “Eu vi o barco todo em cima das pedras, a gente encostou, perguntou para o marinheiro e ele disse que tinha sido burrice do outro. Os dois estavam apavorados, saíram num botinho, entraram num outro barco e pegaram carona para Bertioga”, conta o pescador Adilson de Almeida Oliveira, de 43 anos. “A ilha sofreu um dano, isso é um crime ambiental, isso prejudica os moradores, 62 pessoas [aqui] vivem da pesca.”

Segundo a Capitania dos Portos, a Marinha esteve no local, assim como o Corpo de Bombeiros, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental e a Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Confira a íntegra da nota enviada sobre o caso:

Francisco Lafer Pati esclarece que a “Embarcação Malta” encalhada entre as pedras na Ilha Montão de Trigo, na região do litoral norte de São Paulo, após acidente ocorrido no último sábado (04/11), não é de sua propriedade. A lancha pertence a Vera Lafer.

No momento do acidente, a embarcação era tripulada apenas por dois marinheiros, que tentaram desencalhar a lancha. No entanto, em virtude das condições climáticas e da posição da embarcação (presa nas rochas), os profissionais optaram por seguir de bote até a praia mais próxima e solicitaram ajuda, preservando a própria segurança.

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A proprietária do barco já contratou uma consultoria especializada em resgate e laudo ambiental, para que a remoção da lancha seja feita de forma adequada e sem impacto ao meio ambiente. As autoridades competentes também foram acionadas para acompanhamento da retirada, que não foi executada em função da localização do encalhe e devido ao mau tempo na região.

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