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Justiça manda vereador apagar vídeo em que Doria é retratado como Hitler

Essa não é a primeira vez que ex-prefeito processa Camilo Cristófaro (PSB)

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 ago 2018, 21h21 - Publicado em 31 ago 2018, 17h22

A juíza Leila Hassem da Ponte, da 25°. Vara Cível, determinou que o vereador paulistano Camilo Cristófaro, do PSB, retire do ar um vídeo em que o ex-prefeito João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, é retratado como Adolf Hitler. A imagem é do filme A Queda: as Últimas Horas de Hitler, mas a legenda foi trocada e nela aparecem frases que seriam atribuídas ao tucano.

Na primeira passagem, o ex-prefeito é chamado de mentiroso e “Pinóquio”.

Na decisão, em caráter liminar, a magistrada disse que a manutenção da publicação vai trazer prejuízos à imagem do ex-prefeito do PSDB. “A Constituição Federal expressamente consagra o direito à imagem e sua proteção no artigo 5º, inciso X, ao dispor que são invioláveis a intimidade,a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Ademais, considerando que o país se encontra em período de eleições, eventual conduta do requerido, além de ferir os direitos personalíssimos do autor, certamente acarretará prejuízos e danos irreparáveis Desta feita, defiro o pedido de tutela de urgência para determinar ao réu para que remova o vídeo. A liminar deverá ser cumprida no prazo de 24 horas e o descumprimento da medida desta decisão estará sujeito a pena de multa diária fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), até o limite de R$ 100.000,00”.

O vídeo foi retirado do ar assim que a reportagem entrou em contato com o vereador Camilo Cristófaro. Essa não é a primeira vez que o ex-prefeito da capital processa o parlamentar, antigo aliado. No dia 17 de agosto, o tucano entrou com uma ação judicial pedindo 100 000 reais de danos morais. Na ocasião,  o advogado Renato Opice Blum escreveu que  Cristófaro “ultrapassa todos os limites da razoabilidade, pois o conteúdo das publicações realizadas em seus perfis oficiais, bem como as mensagens encaminhadas de seu número de telefone pessoal, por meio do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, demonstra que a intenção do réu é proferir ataques à honra do autor, em verdadeiro comportamento de perseguição, acusando-o de atrocidades e induzindo o leitor em erro”.

Pouco antes desse primeiro processo, o parlamentar levou seis cabritas para pastar em um terreno municipal, cheio de mato, chamado de “o capinzal do Doria”. “A cidade está de tal ponto abandonada, herança do senhor João Doria, que eu trouxe minhas meninas, minhas queridas cabritas para pastar aqui no (bairro de) Heliópolis (Zona Sul), que está completamente abandonado. Estão aqui (mostra os animais no local) pastando as minhas meninas. Tem a Dengosa e os nossos bebês. E aqueles que dizem que maltratamos os animais, nós tratamos bem deles”, afirmou na época o vereador. 

(Reprodução/Facebook/Veja SP)

 

 

 

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