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Justiça condena dois homens por racismo contra Maju Coutinho

As penas variam de cinco a seis anos de reclusão em regime semiaberto, mais multa. Saiba mais

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 mar 2020, 13h54 - Publicado em 10 mar 2020, 13h41

Tribunal de Justiça de São Paulo condenou nesta segunda-feira (9) dois homens acusados de racismo e injúria racial contra a apresentadora Maju Coutinho, da TV Globo. A profissional comanda o Jornal Hoje diariamente. As informações são do G1.

O juiz Eduardo Pereira dos Santos Júnior, da 5ª Vara Criminal da Capital Paulista, entendeu que Erico Monteiro dos Santos Rogério Wagner Castor Sales utilizaram perfis falsos na internet para acessar a página da TV Globo e proferir injúrias contra a apresentadora de forma coordenada: “Na liderança da comunidade cibernética denominada ‘Warning’, e sob pena de exclusão, ordenaram que seus membros efetuassem postagens de cunho preconceituoso e discriminatório contra a raça negra e a cor preta, o que efetivamente aconteceu, e de modo maciço e impactante. (…) Ao atacar figura pública emblemática, os réus visavam — e de alguma forma obtiveram — ampla repercussão de suas mensagens segregacionistas“, disse na sentença.

Monteiro dos Santos foi condenado a seis anos de reclusão e Castor Sales a cinco anos em regime semiaberto, mais multa. Na sentença, o juiz também entendeu que os réus cometeram corrupção de menores por terem induzido três adolescentes à prática dos mesmos crimes. Eles poderão recorrer da sentença em liberdade. Já Kaique Batista Luis Carlos Félix de Araújo, que também foram denunciados pelo Ministério Público, foram absolvidos por falta de provas.

“A condenação dos autores dos ataques à Maju Coutinho, sobretudo do líder da gangue virtual de mais de dez mil membros, é uma demonstração de que a internet não é um oceano de impunidade por onde navegam racistas e outros criminosos virtuais”, afirmou um dos promotores do caso, Christiano Jorge Santos. Os quatro réus foram denunciados em 2016 pelo MP de São Paulo após uma ampla investigação sobre os ataques que aconteciam nas redes sociais desde 2014.

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O caso ganhou repercussão nacional e ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter em 2015 com as hashtags #SomosTodosMaju e #SomosTodosMajuCoutinho. A campanha ganhou força também dentro da TV Globo, com apoiadores como William Bonner Renata Vasconcellos.

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