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Juiz encerra processo contra falsa grávida de Taubaté

Em 2012, Maria Verônica Aparecida dos Santos forjou gestação de quádruplos

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h43 - Publicado em 10 dez 2014, 12h29

A Justiça de São Paulo encerrou o processo criminal aberto contra a falsa grávida de Taubaté, no Vale do Paraíba. Em 2012, a pedagoga Maria Verônica Aparecida Santos e o marido, Kleber Vieira, forjaram gravidez de quádruplos.

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Por ter recebido presentes e ajuda financeira, o casal respondeu por crime de estelionato. Naquele ano, Maria e Kleber conseguiram suspender o processo por apresentarem bons antecedentes criminais e porque a pena mínima seria inferior a um ano.

Na decisão da última sexta-feira (5), o juiz Érico Gentil Leite extinguiu a possibilidade de punição, uma vez que o casal devolveu os presentes e não foi alvo de outros processos criminais durante os dois anos em que o caso esteve na Justiça.

Enilson de Castro, advogado de Maria, afirmou à época do processo que ela havia sido diagnosticada com pseudologia fantástica, doença que a levou a criar um “mundo de fantasia”.

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Embora tenham se livrado do processo criminal, a pedagoga e o marido respondem na área cível. O advogado Marcos Antonio Leite, que os representou no início do caso, cobra dívida de 15 000 reais. A defesa de Maria e Kleber diz que o contrato com o advogado não é valido.

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A história da “grávida de Taubaté” começou no fim de dezembro de 2011. Nessa época, Maria Aparecida começou a circular pela cidade com uma barriga gigantesca e dizia estar grávida de quadrigêmeas por meios naturais. O caso imediatamente foi parar nos jornais e em programas de televisão. Em entrevistas, a pedagoga dizia que as meninas se chamariam Maria, que havia engordado por conta da gestação e que a família passaria por problemas financeiros com a chegada dos bebês. Os colegas de trabalho de Kléber fizeram uma vaquinha e arrecadaram 520 reais. Além disso, o casal recebeu doações de roupas, fraldas e demais produtos para bebês presentados pessoas, apresentadores de televisão e até shoppings de todo o Brasil.

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A farsa durou pouco mais de um mês. Em janeiro, um obstetra de Taubaté disse que havia atendido Maria poucos meses antes e ela não estava grávida. Outros médicos também questionaram a barrigona e descobriram que o ultrassom exibido pelo casal era de uma criança de Blumenau, captado pela internet. Com a pressão, a pedagoga passou mal, recusou atendimento médico e acabou confessando a farsa. Debaixo do vestido largo, havia uma prótese de silicone e muitos tecidos. Mãe de um menino com oito anos na época, Maria disse que sonhava em ser ter meninas e enganou até o marido. Durante meses, ela disse que se escondeu no vestido largo, afirmando que estava gorda e cheia de estrias.

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Por conta da repercussão da farsa, o casal precisou vender a escola infantil em Taubaté. Hoje em dia, eles vivem reclusos na cidade. A pedagoga emagreceu 10 quilos, pintou o cabelo de loiro, segue o tratamento psicológico, mas continua desempregada. Maria e Kléber continuam casados e criam o filho deles, hoje com 10 anos. O casal não tem planos de uma nova gravidez.

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