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Instituto Biológico produz 400 quilos de café por ano

Na Vila Mariana, um verdadeiro cafezal no meio de São Paulo

Por Edison Veiga
Atualizado em 5 dez 2016, 19h26 - Publicado em 18 set 2009, 20h31

Nem parece que a foto acima foi tirada em um lugar que fica a dez minutos da Avenida Paulista. Em 10 000 metros quadrados de área, o Instituto Biológico mantém desde a década de 40 um cafezal com aproximadamente 1 400 pés na Vila Mariana. Alheios ao burburinho urbano a poucos metros dali, dois funcionários dedicam-se ao trato das plantas. Luiz Lasaro, 58 anos, orgulha-se de dominar todas as etapas da produção: cultivo, adubação, capinação, colheita… “Lido com isso desde os 9 anos de idade”, conta. “Aprendi com meu pai.” Mais discreto, Alcides da Silva não tira os olhos da plantação nem para conversar com o repórter. “Se eu não zelar bem, com carinho, não produz direito.”

A história dessa minifazenda urbana de café é antiga. Em 1924, uma praga devastou os cafezais do estado. “Era preocupante para toda a economia”, diz o diretor do instituto, Antonio Batista Filho. A tragédia agrícola motivou a criação, três anos depois, do Instituto Biológico, órgão destinado a realizar pesquisas científicas relacionadas ao tema. Funcionou inicialmente em seis prédios adaptados e distantes uns dos outros. Sua sede atual ficaria pronta em 1945, época da plantação do cafezal. “No começo, servia para pesquisas”, conta Batista. “Atualmente, a maior finalidade é didática: recebemos muitas visitas de escolas.” Desde 2006, sempre no mês de maio, o instituto realiza o início simbólico da colheita do café paulista. A idéia, inspirada em cidades francesas que fazem o mesmo com a uva, é criar um evento que marque a abertura da safra anual.

Com uma produção pequena, de cerca de 400 a 500 quilos por ano, o Instituto Biológico distribui tudo o que se colhe ali a entidades assistenciais cadastradas pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo. A última entrega ocorreu em dezembro de 2012, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. Durante o evento foram apresentadas as onze marcas que estampam o selo da 6ª Edição dos Melhores Cafés de São Paulo – com embalagens sofisticadas e numeradas, em quantidade limitada. São produtos industrializados pelas torrefadoras tendo como matéria-prima os grãos vencedores do Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo, adquiridos em leilão no mês de outubro.

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