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Homem é preso após falas homofóbicas e racistas na Mário de Andrade

Portando um livro de Hitler, ele associou pessoas negras a dependentes químicos e traficantes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 ago 2022, 12h51 - Publicado em 3 ago 2022, 12h43

A Polícia Civil prendeu na terça-feira (2) um homem de 39 anos após ele desferir falas homofóbicas e cometer ato de racismo contra funcionárias da Biblioteca Mário de Andrade, na República, Centro da capital. O nome do acusado foi divulgado pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB) em suas redes sociais. Trata-se de Wilho da Silva Brito, de 39 anos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele foi preso por guardas civis metropolitanos por ofender duas mulheres, uma de 39 anos, e outra, de 66. Ele foi encaminhado ao 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, e responderá pelos crimes de preconceito de raça ou de cor e injúria.

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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra que ele estava ocupando uma das mesas do local e, em cima dela, estavam dispostos livros tais como “Minha Luta”, de Adolf Hitler, publicação que foi escrita quando ele estava na prisão cumprindo pena por tentativa de rebelião, em 1923. O livro serviu de espécie de guia ideológico do Partido Nazista e toda a tragédia que se seguiu depois com o nazismo.

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As imagens mostram que algumas pessoas tentam dissuadi-lo, sem sucesso. Quanto mais ele é alertado a respeito de suas atitudes, piores são as suas falas. Em uma delas, ele diz literalmente não gostar de negro. “Eu não gosto de negro, a cultura deles é uma b*sta. Se prestasse, eles não eram discriminados pela sociedade”, diz. Confira abaixo.

Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura informou repudiar veementemente as falas e atitudes homofóbicas e racistas do frequentador e que funcionários também foram até a delegacia para prestar depoimento. Um ouvidor da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania foi designado para acompanhar o caso.

“A biblioteca é um espaço público marcado pelo respeito à liberdade de gênero, raça, orientação sexual, credo e de celebração da diversidade e de todos os direitos individuais”, informa a nota.

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Ainda segundo a pasta, tanto a biblioteca, quanto outros equipamentos culturais vem se empenhando em lidar com atitudes racistas, transfóbicas e misóginas em seus espaços.

A reportagem não conseguiu contato com Wilho ou mesmo saber se ele já constituiu defesa.

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