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Histórias de um pioneiro: dez curiosidades sobre o shopping Iguatemi

De ponto micado na época da inauguração, em 1966, o centro comercial se tornou o metro quadrado comercial mais caro da América Latina

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 19h27 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Idealizado pelo construtor Alfredo Mathias, o empreendimento foi erguido no terreno de uma chácara da família Matarazzo. Ficava num trecho da Rua Iguatemi – daí o seu nome – que anos mais tarde foi transformado na Avenida Faria Lima. Mathias vendia cotas aos interessados em churrascos promovidos no próprio canteiro de obras.

2 – Os lojistas não levavam fé no empreendimento

Na época da inauguração, em novembro de 1966, os consumidores paulistanos gostavam mesmo era de flanar pelas butiques nariz-empinado da Rua Augusta. Assim, a novidade de apostar num centro comercial não chegou a ser das mais empolgantes para os empresários. O resultado foi uma disputa para ficar nos lotes mais próximos da entrada. Eles acreditavam, tolinhos, que a freguesia jamais caminharia até as lojas dos fundos.

3 – Logo depois dos Jereissati, vinha ele

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Na contramão dos comerciantes que tinham um pé atrás com o Iguatemi, o cearense Diogo Gadelha, hoje com 83 anos, investiu tudo o que pôde em cotas do empreendimento. Até janeiro último, detinha 11% das ações, atrás somente dos Jereissati, que estão no comando desde 1978. Eles adquiriram a fatia de Gadelha e hoje têm 53% do shopping.

4 – Por que existem as rampas da entrada

Privilegiar luz e ventilação naturais é um dos objetivos do projeto arquitetônico. Além de esteticamente interessantes, as rampas foram um meio de integrar o térreo ao 1º piso – e, assim, deixar tudo mais arejado. O ambiente nesse espaço, cujo pé-direito no ponto mais alto chega a 18 metros, lembra o de uma rua arborizada. Nos demais andares, construídos depois, reina o ar condicionado geladinho.

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5 – Quase 1 milhão de flores por ano

Vinte batistérios centenários trazidos da França servem como vasos para arranjos feitos com três tipos principais de flor (amarílis, orquídea e calâncoe). Trocados toda semana, consomem anualmente mais de 800 000 unidades. O número cresce perto de efemérides como o Dia das Mães e o Dia dos Pais, quando se somam 28 000 tulipas à decoração. Outro toque de verde é o jardim de 400 metros quadrados no térreo, reformulado a cada ano por um paisagista diferente. “Já éramos um shopping verde muito antes de alguém pensar em construir o Cidade Jardim”, alfineta Carlos Jereissati Filho, presidente do grupo que controla o Iguatemi.

6 – Cada metro quadrado custa 4?271 reais por ano

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Segundo levantamento feito em 2007 pela consultoria americana Cushman & Wakefield em ruas especializadas de todo o mundo, o Iguatemi tem a área comercial mais valorizada da América Latina. O aluguel anual de cada metro quadrado custa 4 271 reais – o equivalente a 356 reais por mês. A cifra coloca São Paulo entre as dez mais do continente americano, atrás somente de cidades como Nova York e Los Angeles. No ranking mundial, ocupa o 35º lugar.

7 – Decoração repleta de antiguidades

Cerca de quinze peças garimpadas por uma especialista em decoração integram a lista de objetos que dão charme extra aos corredores. No térreo, em frente à loja de artigos esportivos Bayard, há uma mesa em estilo império do início do século XIX, que em algum lugar do passado decorava uma mansão da tradicional família Jafet. Localizadas em andares diferentes, duas outras, datadas do mesmo período, chamam atenção por ser folheadas a ouro, com tampo de mármore travertino.

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8 – Cerca de 370 funcionários

Somente o Iguatemi conta com ascensoristas em todos os elevadores. São cerca de trinta, sempre de unhas bem feitinhas e sorriso perfeitamente emoldurado por um batom (como Cláudia Maria Moreira, 22 anos). Acrescente-se a elas mais de 100 seguranças, quinze atendentes de banheiro, jardineiros, faxineiros e manobristas. Chega-se a 370 funcionários – a praxe do mercado é terceirizar esses postos de trabalho.

9 – Para encher os olhos até do Papai Noel

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A decoração de Natal demora nada menos que seis meses para ficar pronta. Pela expressão de encantamento de adultos e baixinhos quando chega a época de conferir o resultado – normalmente nunca depois de 5 de novembro –, a trabalheira vale a pena. O responsável pelo projeto, que muda de um ano para outro, é o cenógrafo Juarez Fagundes, que mobiliza 200 pessoas na execução e montagem.

10 – E vem mais por aí…

Primeiro foi a Daslu, depois o Cidade Jardim. No segundo semestre de 2009, a Marginal Pinheiros ficará mais chique do que nunca. O antigo esqueleto da Eletropaulo abrigará as 230 lojas e onze restaurantes do futuro JK Iguatemi. De olho, claro, no público de alto padrão, o centro de compras integra um complexo da construtora WTorre que terá ainda três prédios – dois de escritórios e um hotel cinco-estrelas.

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