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Haddad chama de ‘pilantra’ ex-diretor que o citou em delação

Em entrevista à rádio CBN, prefeito negou envolvimento no esquema que desviou recursos públicos do Theatro Municipal

Por Veja São Paulo
Atualizado em 27 dez 2016, 15h51 - Publicado em 31 ago 2016, 12h15

O prefeito Fernando Haddad (PT) respondeu em entrevista à rádio CBN na manhã desta quarta-feira (31) a acusação que o envolveu na ação que apura desvio de recursos do Theatro Municipal. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Ministério Público passou a investigar o prefeito após ele ter sido citado na delação do ex-diretor José Luiz Herencia, investigado por superfaturar contratos da entidade com artistas e desviar cerca de 18 milhões de reais.

Na entrevista, Haddad chamou Herencia de “pilantra” e que o esquema de desvio de recursos do Theatro Municipal só foi descoberto após sua gestão substituí-lo por Paulo Dallari na direção-geral da entidade, em novembro do ano passado. “Quem está na vida pública não pode reclamar de investigação. Mesmo que um pilantra como esse faça uma acusação falsa, o Ministério Público tem que investigar”, disse. “Herencia era apenas um trapalhão, errando a gestão do orçamento. Ele foi afastado por incompetência. Bastou um mês de trabalho do Dalari para descobrir que ele tinha desviado dinheiro”, prosseguiu. 

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O candidato à reeleição disse também que os bens do ex-diretor do Theatro Municipal estão bloqueados e que ele envolveu a própria mãe na compra de imóveis com o dinheiro desviado. “Ele é tão incompetente que comprou imóveis no nome da mãe. É um ladrão que envolveu a própria mãe na falcatrua, uma senhora que está desesperada. Ele vai ter que vender os imóveis para ressarcir o poder público.”

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O jornal afirmou que Herencia ainda não apresentou provas a respeito das acusações. O promotor Milani disse que irá pedir esclarecimentos a Haddad. Se comprovada as irregularidades, o candidato à reeleição da Prefeitura de São Paulo irá responder processo por improbidade administrativa. 

Além de Herencia, o maestro John Neschling e o diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), William Nacked, e o atual secretário de Comunicação da Prefeitura, Nunzio Briguglio Filho, também são alvos da investigação. 

O ponto de partida da apuração foi um contrato de R$ 1 milhão firmado entre o IBGC e um produtor musical em junho de 2015 que previa a apresentação de um grupo teatral de Barcelona em maio deste ano no Theatro Municipal como parte do Projeto Alma Brasileira. Segundo o MP, os pagamentos tiveram início três meses antes da assinatura do contrato. O projeto foi cancelado pela Prefeitura. 

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