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“Feliz que Minha Mãe Esteja Viva” é drama familiar

História da produção francesa foi baseada em um artigo de 1996 do escritor Emmanuel Carrère

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h12 - Publicado em 26 mar 2011, 00h52

Não é de hoje que as produções francesas arrasam a concorrência quando abordam dramas psicológicos. Foi o caso de “Ao Lado da Pianista” (2006) e “Cachê” (2005), apenas para ficar em dois bons exemplos. Na estreia Feliz que Minha Mãe Esteja Viva, o tema ganha nuances e profundidade em um resultado também acima da média. Inspirado em caso policial e extraído de um artigo de 1996 do escritor Emmanuel Carrère, o filme traz à tona uma história intrigante capaz de provocar uma oportuna reflexão da plateia.

Na trama, a inconsequente Julie Martino (Sophie Cattani) tem dificuldades para conciliar a vida profissional com a educação dos filhos. Sem marido nem parentes próximos, a jovem permite que Thomas e seu irmão caçula sejam adotados por outra família. Na adolescência, o primogênito revela-se rebelde e inconformado, para desconforto dos novos pais. A idade adulta dá ao personagem certa maturidade para encarar o presente. Aos 20 anos, Thomas virou mecânico e segue numa obsessão: acertar as contas com a mãe biológica.

Indicado ao César (o Oscar francês) de revelação, o ótimo ator Vincent Rottiers carrega no rosto o peso do protagonista. Entre o amor e o ódio, Thomas mostra-se uma pessoa desajustada. Sua infelicidade não vem de ter sido adotado, mas sim do desprezo de quem o gerou. Essas mágoas são exploradas com discrição emocional pelos cineastas Claude e Nathan Miller, pai e filho, que tentam decifrar, ao longo do azeitado roteiro, quão custoso pode ser o sentimento de rejeição.

AVALIAÇÃO ✪✪✪

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