Continua após publicidade

Famílias marcam presença na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

"É a minha primeira vez. Meu filho me ensinou a ver a vida de outro jeito. Hoje estou aqui para apoiá-lo", comentou Lourdes Fragoso, de 66 anos.

Por Estadão Conteúdo
23 jun 2019, 18h39

Muitas famílias marcam presença neste domingo, 23, na 23ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo para apoiar filhos e amigos. “É a minha primeira vez. Eu era uma pessoa com muitos preconceitos. Meu filho me ensinou a ver a vida de outro jeito. Hoje estou aqui para apoiá-lo”, comentou Lourdes Fragoso, de 66 anos.

A transexual Vanessa Leite, de 30 anos, levou a mãe para a parada LGBT. “Minha mãe é uma mulher evoluída. Ela não é juíza de ninguém. E me apoia”, disse. Já Erundina Moreira, de 70 anos, mãe de Vanessa, retribuía a admiração da filha. “Tenho muito orgulho. Não admito que nenhum preconceituoso chegue sequer perto de mim”.

“Sou hétero, mas estou aqui pelos meus amigos. Vivemos um período de perseguição e violência contra a comunidade gay. Não vou soltar a mão deles. Mexeu com eles, mexeu comigo”, falou o engenheiro Hernandes Souza, de 32 anos.

A estudante Luciana Santos, de 22 anos, exibia uma camisa com a mensagem: “A única cura que eu quero é a do câncer”. Segundo ela a política hoje obriga todo mundo a defender o óbvio: “A gente precisa lutar para explicar que homofobia é crime, que cura gay é um absurdo e que a terra é plana”, enumera.

Continua após a publicidade

Os vendedores que atuam na Avenida Paulista também se adaptaram ao evento. Canecas, chocolates e adereços com referências às cores do arco-íris estiveram em alta. Além disso, os próprios ambulantes se adaptaram. “Eu votei no Bolsonaro, mas não tenho nada contra ninguém. É preciso garantir o sustento da família”, disse o ambulante Jorge Amadeus, de 40 anos, que vendia adereços para a cabeça.

Balada

Depois dos primeiros discursos, a Parada ganhou ares de festa. Com a música alta, a Avenida Paulista e a Rua da Consolação viraram uma balada. “Dançar e beijar na boca também é político”, gritou um rapaz para a reportagem – que tentou, mas não conseguiu ouvir o nome dele.

Continua após a publicidade

No posto médico, na Paulista, a maioria dos casos de atendimento era decorrente de excesso de consumo de bebidas alcoólicas. A reportagem flagrou duas pessoas procurando postos policiais para reclamar de furto de celular. Até o momento, a polícia não apresentou um balanço das ocorrências, mas policiais dizem que a “impressão” é de muitos casos de furto de celular.

Atrações

A Parada conta com 19 trios elétricos e a participação de uma ex-integrante do grupo Spice Girls. Para esta edição, a atração mais aguardada é o show da cantora Melanie C, ex-Spice Girl. Também estão confirmadas Aretuza Lovi, Gloria Groove, Iza, Lexa, Luísa Sonza e MC Pocahontas.

Continua após a publicidade

Às 19 horas, um palco montado na Praça da República receberá shows. O tema deste ano é “50 anos de Stonewall – nossas conquistas, nosso orgulho de ser LGBT+”. Ele relembra a série de manifestações da comunidade LGBT contra batidas violentas da polícia de Nova York em um bar, o Stonewall Inn, no fim da década de 1960.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.