Em 1945, o Rio Pinheiros era mais ou menos deste jeito, com água limpa, leito tortuoso e sem ocupação nas margens. O artista plástico paulistano Jorge Mori, que o retratou assim, tinha 12 anos quando pintou a tela acima, um trabalho que levou duas horas. “Meu pai me acompanhou o tempo todo”, conta. “Ele segurava um guarda-sol para me fazer sombra enquanto eu pintava.” A pontezinha que aparece no quadro, conhecida como Ponte Velha, ficava próxima da atual Eusébio Matoso, a Ponte Nova, onde Mori estava. A imagem é uma das obras expostas em Círculo de Ligações: Foujita no Brasil, Kaminagai e o Jovem Mori, até 1º de junho no Centro Cultural Banco do Brasil (tel: 3113-3651).